Crime aconteceu em julho de 2012, no setor Nova Araguaína. Outro homem acusado de participação no crime ainda será julgado.
Um cigano acusado de matar quatro pessoas em Araguaína, norte do Tocantins, foi condenado a 76 anos de reclusão. O julgamento durou oito horas e aconteceu na quarta-feira (26). Um total de seis testemunhas foram ouvidas. Ao final da audiência, Cícero Romão Batista Pereira foi conduzido para o Presídio Barra da Grota. Ele não quis se manifestar sobre o assunto. O crime aconteceu em julho de 2012.
Para o promotor de justiça Paulo Alexandre Rodrigues, que fez a denúncia, o resultado foi positivo. "A pretensão ministerial foi acolhida em sua totalidade. Hoje o sentenciado cumprirá uma pena de 76 anos de reclusão".
Mas o advogado de defesa Wendel Oliveira disse que vai recorrer da decisão. "A decisão tomada hoje aqui pelo tribunal do júri da Comarca de Araguaína foi uma decisão apertada, foi 4 a 3. Entende a defesa que a decisão tomada pelos senhores jurados é contrária a prova dos autos".
O crime aconteceu em uma casa do setor Nova Araguaína quando dois homens teriam chegado em uma camionete e atirado contra um grupo de homens que jogava baralho. Minutos depois, uma mulher grávida de gêmeos e o esposo dela também foram executados. Três das quatro vítimas pertenciam a uma família de ciganos. Segundo as investigações, o condenado queria vingar a morte da mãe assassinada no Pará, também por ciganos.
Além de Cícero, Carlos Alberto Pereira também é investigado pelo crime. A suspeita é de que ele estava junto com o condenado no momento do assalto e seja o mandante do crime. Pereira não foi julgado nesta quarta-feira, ele recorreu da ação e agora aguarda uma decisão do Superior Tribunal de Justiça. "Uma vez que o mesmo é o autor financeiro da chacina dos ciganos, uma vez concluído o julgamento junto aos tribunais superiores, irá ser julgado na sessão da tribuna do júri de Araguaína", afirmou o promotor.