Para delegado, homem usou força excessiva no castigo aplicado à criança. Mãe depôs e levou o menino para morar com ela, em Rio Verde, GO.
O pai suspeito de espancar o filho de 11 anos em Iporá, na região oeste de Goiás, deve responder pelo crime de lesão corporal. Segundo a polícia, a criança levou uma surra do pai por ter mentido e comido mais de uma vez a merenda servida na escola. Segundo o delegado responsável pelas investigações, Ramon Queiroz, houve uma força excessiva no castigo aplicado ao menino.
''Nós entendemos que a palmada pode ser dada para corrigir, mas, a partir do momento que excede o limite, como foi o caso, quando deixa marcas no corpo do menino por mais de quatro dias, isso já configura o crime'', disse o delegado.
O pai prestou depoimento na quinta-feira (27) e, como não foi preso em flagrante pela agressão, foi liberado em seguida. No depoimento, ele admitiu que bateu na criança. ''Ele confirmou não só essa surra, mas também uma outra. Segundo o próprio pai, foram não menos que 40 cintadas'', contou o investigador.
A mãe da criança prestou depoimento nesta sexta-feira (28). Ela mora em Rio Verde, no sudoeste de Goiás, e disse que o filho morava com o pai há dois anos por trabalhar demais e não ter condições de dar os cuidados necessários a ele.
''A mãe da criança se mostrou bastante surpresa pelo acontecimento, chateada, triste, como toda mãe demonstraria em uma situação dessa. A criança foi entregue para ela, já que não há registro de nenhum crime por parte dela'', conta Queiroz.
Segundo o delegado, se condenado por lesão corporal, o pai pode pegar até 3 anos de prisão.
