O crime aconteceu em São Geraldo do Araguaia, no sudeste do Pará. Segundo a polícia, o principal suspeito da morte é o pai da criança.
O inquérito que investigava a morte da bebê Ester Sofia de Oliveira, de quatro meses, foi concluído. A criança foi morta por envenenamento em outubro de 2014. Ela chegou a ser internada no Hospital Municipal de Araguaína, norte do Tocantins, mas não resistiu. O principal suspeito do crime é o pai da criança, o auxiliar de serviços gerais Jeferson da Mota Castro. De acordo com a Secretaria de Segurança Pública do Pará (Segup), onde vivem os parentes da bebê, o inquérito foi concluído, mas nenhum suspeito do crime está preso.
O envenenamento teria acontecido no dia 27 de outubro, em São Geraldo do Araguaia, no sudeste do Pará. A bebê chegou em Araguaína no dia 28, mas morreu 30 minutos após dar entrada no hospital.
Segundo a Polícia Militar do Tocantins, Castro foi preso enquanto acompanhava a criança e família na unidade. Ele teria confessado o crime aos policiais.
O delegado responsável pelo caso, Thiago Santos, disse que o inquérito foi concluído no início deste ano, mas não foi conclusivo. A polícia encontrou apenas indícios de envolvimento do pai na morte da criança, o que não era prova suficiente para mantê-lo preso e, por isso, ele foi liberado. O Ministério Público do Pará pediu novos exames.
"O laudo emitido pelo IML de Belém encontrou vestígios de veneno na roupa da criança. Além disso, um frasco da mesma substância foi achado em um dos cômodos da casa deles. Outro indício é que apenas ele estava com a criança no momento e ninguém foi visto entrando na casa", informou a assessoria de comunicação da Segup.
De acordo com a família da criança, o pai teria dado para a bebê um veneno conhecido como 'barrage'. A substância é muito usada na zona rural por ser eficaz para matar uma grande variedade de insetos como carrapatos e moscas, entre outros.
Ainda segundo a secretaria, Castro foi indiciado por homicídio e teve a prisão preventiva decretada, mas foi liberado porque não foram encontradas provas conclusivas. No último mês de julho, o MPE pediu um exame no frasco do veneno encontrado e o processo ainda está aberto.
Depoimento
Na ocasião da morte, a mãe da bebê, uma adolescente de 17 anos, contou uma versão do fato em um desabafo feito em uma rede social. Segundo ela, o companheiro estava com a menina no quarto enquanto ela estava na cozinha fazendo almoço. Ela disse que Castro teria chegado ao cômodo alegando que a menina estava com um cheiro estranho na boca. No hospital, uma médica teria confirmado o envenenamento.