“Queria que pelo menos metade dos doentes do mundo tivessem a mesma sorte que tenho de ter sido tão bem recebido, tratado e agora acompanhado pela equipe do Hospital Geral de Palmas HGP”.
A afirmação vem do aposentado Antônio Melo, 71 anos, morador de Palmas, que passou por uma cirurgia no HGP e hoje é acompanhado pela equipe da Atenção Domiciliar, por meio do programa Melhor em Casa.
Implantado no HGP, o programa já atendeu mais de 270 pacientes, que, assim como Antônio, recebem os cuidados em saúde na comodidade do lar. “Sou cadeirante, passei 80 dias internado quando fiz a cirurgia e há 21 dias estou em casa. Não tenho o que reclamar do tempo em que passei no hospital, mas aqui é bem melhor. Tenho um colchão especial para deitar, a comidinha com tempero e o carinho da esposa, filhos e netos”, destacou o aposentado.
Quando recebe a visita da equipe, o aposentado tem a pressão arterial aferida, os curativos renovados e a medicação prescrita e reavaliada. “A cada três dias o médico vem e os demais especialistas variam de acordo com o que eu apresento, às vezes vem nutricionista, às vezes fisioterapeuta e sempre enfermeiras e técnicas”, contou.
O agricultor José Alfredo Lima, 65 anos, é um dos 20 atendidos e conta como tem sido o tratamento. “Tive um acidente de moto em que fiquei entre a vida e a morte. Graças a Deus e à equipe do HGP estou vivo. Passei 49 dias internados e há 14 estou em casa sendo acompanhado pela equipe que já considero parte da minha família. É um pessoal sempre bem-humorado e que tem contribuído para minha recuperação, já consigo ter movimento nas pernas e se Deus quiser daqui uns dias estarei andando”, disse.
Comodidade
A comodidade relatada por Antônio e José Alfredo, segundo o enfermeiro e coordenador do programa no HGP, Samuel Pereira de Almeida Costa, é fundamental para a recuperação dos pacientes. “Este programa é baseado em estudos que comprovam uma melhoria rápida em quem já está em casa. Todos os pacientes atendidos têm respaldo médico e o consentimento da família. O médico que assiste o paciente recomenda a alta acompanhada e a equipe médica e de serviço social do programa avalia se a pessoa tem condições de ir para casa e uma estrutura adequada de acordo com cada caso clínico”, explicou o coordenador, acrescentando que é preciso que o paciente tenha residência ou casa de familiares na zona urbana de Palmas.
O programa Melhor em Casa foi criado como uma alternativa para redução de filas nos hospitais de emergência e ao mesmo tempo proporciona aos pacientes um atendimento humanizado e perto da família. Geralmente são atendidos pacientes com necessidade de reabilitação motora, idosos, pacientes crônicos sem agravamento ou em situação pós-cirúrgica e que necessitam de recuperação com redução dos riscos de contaminação e infecção. A equipe do programa é composta por clínicos gerais, enfermeiros, técnicos em enfermagem, psicólogos, nutricionistas, fisioterapeutas e assistentes sociais.
Atualmente, 20 pacientes são atendidos diariamente pela equipe. Este é o número máximo que o HGP atende simultaneamente. “Os profissionais que vão às casas dependem da necessidade dos pacientes. Há dias que é preciso a fisioterapeuta, em outros dias a psicóloga e assim segue”, explicou o coordenador.
Economia
Segundo dados do Departamento de Atenção Básica e da Coordenação Geral de Gestão Hospitalar do Ministério da Saúde, com a implantação da Atenção Domiciliar obtém-se economia de até 80% nos custos de um paciente, quando comparado ao custo desse mesmo paciente internado em um hospital.
