Governo Federal deve apresentar uma nova proposta nesta sexta-feira (11). Grevista fazem atos diariamente em frente à Gerência Executiva do INSS.
Nesta sexta-feira (11), a greve dos servidores do INSS em todo o Brasil completa 65 dias sem nenhum acordo. No Maranhão, 85% dos servidores aderiram à greve e apenas 3 agências estão funcionando para atendimento ao público. A expectativa é que o Governo Federal apresente uma nova proposta ainda nesta manhã.
“O Governo Federal deve apresentar uma nova proposta e o comando de greve em Brasília vai analisar se a greve continua ou não”, disse a diretora de Comunicação do Sindicato dos Trabalhadores em Saúde e Previdência do Estado do Maranhão (Sintsprev-MA), Joanilde Pires Pereira.
Para Joanilde, ainda é cedo para dizer se a greve vai acabar com a nova proposta. “Eu espero, porém, que a proposta atenda as reivindicações da categoria”, finalizou.
Os servidores do INSS paralisaram suas atividades no dia 7 de julho quando passaram a reivindicar um reajuste salarial de 27,5 % imediato, com aumento gradual nos próximos quatro anos. Nestes 65 dias de greve, o Governo Federal apresentou propostas que foram recusadas pelos servidores.
Os grevista seguem fazendo atos diariamente em frente à Gerência Executiva do INSS em São Luís, no bairro do Calhau.
Atendimento
Em nota oficial, o Ministério da Previdência Social informa que os segurados que possuam agendamento para atendimento em alguma agência e que não sejam atendidos em razão da paralisação dos servidores terão sua data de atendimento remarcada, na própria agência, e que a Central de Atendimento 135 está à disposição para prestar estas e outras informações e orientar os segurados.
Na manhã desta sexta-feira (11), Maria do Rosário Alves Dutra, de 70 anos, foi a agência do INSS do Parque Bom Menino, no centro de São Luís, e não conseguiu atendimento. "Meu marido faleceu e eu queria ver se eu tenho o direito de receber alguma pensão. O atendimento não aconteceu, pediram para voltar na segunda-feira", contou a idosa.
A senhora Raimunda Francisca de Oliveira também não conseguiu atendimento na mesma agência. "O rapaz disse que não podia atender a gente porque estava sozinho, isso devido a greve. Ele disse que quando ele começa atender não dá tempo dele almoçar porque ele está sozinho", disse.
