Equipamento está parado desde agosto por problemas em documentos. Essa é a única unidade de radioterapia do Tocantins.
O Tocantins deve ficar mais uma vez sem equipamento de radioterapia. Isso porque a única unidade do estado, em Araguaína, que já está parada desde o dia 13 de agosto, deve ser desinstalada. A decisão foi publicada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) no Diário Oficial da União (DOU) nesta quinta-feira (10).
A unidade foi interditada pela Vigilância Sanitária de Araguaína, no norte do Tocantins, após uma denúncia de irregularidades no processo de importação do equipamento. Por isso, o órgão pediu à Anvisa uma revisão do documento que autorizava o funcionamento da máquina. Com isso, foram suspensos os procedimentos de radioterapia e braquiterapia no centro oncológico do Hospital Regional de Araguaína.
A Anvisa determinou ainda a suspensão da utilização do equipamento em todo o território nacional a partir desta quinta-feira. O equipamento foi adquirido pelo Instituto Oncológico, empresa contratada pelo governo do estado para administrar o tratamento da doença no Tocantins. A empresa disse, em nota, que está analisando o caso para poder se manifestar sobre o assunto.
Entenda
A máquina começou a funcionar em junho deste ano e precisou de laudo da Comissão Nacional de Energia Nuclear. No dia em que foi interditada, a Secretaria de Saúde (Sesau) do Tocantins informou que o serviço foi interrompido por uma pendência relativa à importação do acelerador linear, um dos componentes do equipamento.
Dias depois, a Sesau providenciou a transferência dos pacientes em tratamento para Imperatriz (MA). Segundo o Estado, o tratamento teria continuidade no Centro de Prevenção e Tratamento de Câncer, com despesas de transporte e hospedagem custeadas.
Além disso, nesta terça-feira (8), o governo do Tocantins suspendeu o contrato com o Instituto Oncológico Ltda. A decisão foi publicada na semana passada, no Diário Oficial do Estado.
