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Ilha de Caras de Tocantinópolis: Usaram, Abusaram e Abandonaram. E a Natureza? Dane-se!

Data do post: 18/09/2015 16:11:14 - Visualizações: (3507)

A polêmica invasão de uma ilha de praias belíssimas no Rio Tocantins entre Tocantinópolis (TO), e Porto Franco (MA), mostra o quanto o ser humano pode ser destruidor da natureza, não se importando nem mesmo com seu próprio nome.

clique para ampliarimagem do site www.tocnoticias.com.brDepois de usarem por mais de dois meses a praia do meio "sem banheiros", onde faziam suas necessidades pessoais dentro D'água, a ilha se transformou numa verdadeira favela abandonada entre as duas cidades, aqueles que se autodenominam a "Classe Média Alta", principalmente de Tocantinópolis, mostraram literalmente que "boniteza não põe mesa", já que deixaram para trás, depois de usufruírem da bela praia, o lixo em forma de seus próprios barracos que os abrigavam e hoje estão abandonados ao relento, esperando as primeiras chuvas para que o rio encha e leve suas heranças tenebrosas e limpe novamente a ilha temporária para que no ano que vem, eles recomecem a invasão novamente.

Em comparação a outro tipo de invasão, a tal ilha de caras pelo menos serviu de bom exemplo para mostrar que pobre, é, e sempre será menos favorecido principalmente em Tocantinópolis. Sigo como exemplo os fatos acontecidos nesta semana aonde uns coitados que já não aguentam morar de favor, e principalmente as humilhações de quem vive de aluguel e resolveram invadir um terreno próximo aos Bairros Alto da Boa Vista II e III, e que agora ainda marcando os lotes já estão se sentindo intimidados pelas frequentes visitas da polícia militar que infelizmente tem que fazer e bem feito o seu trabalho.

imagem do site www.tocnoticias.com.brA comparação há de ser feita para mostrar que a elite favorecida nunca foi molestada por nenhuma autoridade quando estavam em seu momento de lazer, enquanto os pobres coitados dos sem-teto que buscam apenas um lote para construir seus barracos já vivem a agonia de serem despejados literalmente do local por força de alguma ordem judicial que por ventura seja impetrada pela justiça por solicitação do próprio Estado do Tocantins, o que esperamos que não aconteça.

A nossa constituição no seu capítulo I, artigo 5º, que reza os direitos e deveres individuais e coletivos, diz que:  "Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade". Se a própria constituição assegura esse direito a todos, porquê os invasores do terreno público não recebem o mesmo tratamento dos invasores da praia do meio do Rio Tocantins? Será se os pobres invasores sem-teto não poderiam receber também uma anistia em forma de bandeira branca, ou até mesmo um livre arbítrio como foi dado a elite que gozou do bom e do melhor na praia e sem consciência deixaram seu lixão de paus e palhas para trás e que agora voltaram para o conforto de seus lares?

imagem do site www.tocnoticias.com.brSerá se os sem-teto, de acordo o que diz a constituição não poderiam construir seus barracos também e morar nos lotes invadidos até quando acharem por bem irem embora? Claro que não, porque neste caso existe a velha virtude dos "dois pesos e duas medidas", e em Tocantinópolis o que impede o crescimento da cidade é justamente essa virtude que impera em todos os órgãos.

As vezes notamos que os pobres sujos que usam como canetas seus facões e foices são bem mais limpos que os ricaços da canetada, pois muitos sabem reconhecer quando estão errados, como o fizeram na ultima invasão neste mesmo terreno que por sinal, na época ainda pertencia a Tobasa Bioindustrial de Babaçu, e sendo de uma empresa privada os mesmos sem-teto da época sabiam que perderiam a queda de braço e recuaram. Agora com o terreno sendo do Estado, e este através de seu gestor tem a obrigação de fazer com que os direitos dos cidadãos sejam cumpridos de acordo a constituição, os invasores tem sim uma esperança, uma luz no fim do túnel.

Foto divulgação facebookVoltando ao assunto da famosa ilha de caras, as imagens por si só falam melhor que palavras, já que o que vemos hoje na beira rio são as palhas descendo rio abaixo, correndo o risco de atrapalhar até as embarcações que por lá transitam, e mostra que a turma do jetski, das lanchas luxuosas, que poderiam estar lá arrastando para a margem do rio a fim de ser retirada vai mesmo esperar a natureza agir, e no ano que vem voltam a ocupar nas barbas da justiça o mesmo local sem que a polícia ou os órgãos competentes os fiscalize.

Por outro lado não podemos esquecer de "dar um salve” para aqueles que não fazem parte da "classe média alta", mais que conscientemente retiraram suas barracas não só da ilha de caras, mais também da Ilha da Santa,  como é o caso da tradicional Barraca da Liga, que da mesma forma que seus idealizadores se juntaram para construí-la no início da temporada, voltaram a se reunir e desmancharam todo o aparato montado para o período de veraneio e de consciência tranquila podem rebater as criticas que foram postadas na rede social por eles ter queimados as palhas ao invés de deixar descer no rio.

  

Fonte: Roberlan Cokim/ Redação do Tocnoticias