Segundo depoimento das vitimas, o policial militar conhecido por "Dito", de pré-nome Janderson, teria sem motivo aparente, perseguido os ocupantes de um veículo e efetuado três disparos de arma de fogo.
O incidente aconteceu no Sábado (12/09), quando o professor Orlando Diogenes Magalhães de 38 anos, que estava em companhia de José Airton Farias Pontes, Antonio Márcio de Sousa e outro rapaz conhecido pelo pré-nome de Romário, se deslocavam de um povoado denominado Serra Grande, num trecho de aproximadamente 15km de distância do centro de Angico, aonde haviam participado de uma festa dançante, e no trajeto de volta, foram perseguidos por um veículo HB-20 de cor vermelha e que durante a perseguição, ouviram o estampido de pelo menos três disparos de arma de fogo, não sabendo distinguir em quais direções foram realizados os disparos. Receosos, os perseguidos foram em direção a delegacia de polícia a fim de fazer relato do acontecido, sempre seguidos pelos ocupantes do veículo vermelho, e quando pararam na frente da delegacia o outro veículo chegou junto, sendo que o PM conhecido pela alcunha de "Dito", desceu com uma pistola na mão, visivelmente embriagado na companhia de outros dois rapazes e uma mulher.
O professor relatou ainda que perguntou ao Janderson porque ele estaria fazendo aquilo, e que em resposta ouviu o policial dizer que infelizmente não podia atirar nos declarantes ali naquele local.
Um outro ocupante do veículo perseguido de nome José Airton Farias Pontes, também fez a mesma pergunta á "Dito", e que em resposta, teria levado um tapa no tórax. Segundo informações das vítimas, o PM, estaria em companhia de um agente de saúde do próprio município de Angico e de um outro homem que trabalha no estabelecimento comercial denominado "Casa da Roça", na cidade Ananás (TO).
Os três homens contaram ainda que ficaram estarrecidos por causa da reação dos policiais que estavam de serviço na delegacia e que nada fizeram para defendê-los, apenas deram ordens para que todos fossem pra casa.
No dia seguinte, José Airton foi novamente ameaçado pelo policial "Dito" no meio da rua, sendo que este lhes disse: "Quando você quiser falar alguma coisa fala pra mim". Na sequência, foi a vez de um outro rapaz que também estava no veículo perseguidor da noite anterior, de pré-nome Fábio que lhe ameaçou dizendo: "Abre teu olho e fica véaco".
Incomodados com a situação e com medo de novos acontecimentos do tipo, o trio se deslocou até a cidade de Ananás, aonde fizeram um termo de declaração no Ministério Público relatando o incidente e também foram á Tocantinópolis na sede da 5ª CIPM procurar as autoridades competentes para relatar a postura do policial que faz parte desta companhia.
Acontecimentos como este são fatos isolados, mas, que frequentemente vem ocorrendo no meio policial em nossa região. O ultimo incidente do tipo, culminou com a morte do senhor João Batista de Sousa Barros de 49 anos, que foi morto a tiros após uma discussão com um policial militar licenciado conhecido por "Leite". O crime aconteceu no Povoado Mata Grande, município de Nazaré (TO), e parte da discussão e momento do crime foram gravadas por um aparelho celular. (Clique aqui e leia matéria da época)
Vale ressaltar que a matéria foi publicada baseada nos relatos das vítimas de perseguição, e quê, caso a defesa do PM ou dos envolvidos queiram se manifestar, deixamos o espaço em aberto.