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Governo do Estado Já Disponibilizou Mais de R$ 2,6 Milhões Para as Apaes do TO

Data do post: 06/06/2014 11:45:07 - Visualizações: (1020)

Em 2014 o governo do Estado já repassou às Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) do Tocantins, R.666.582,00 destinados ao custeio mensal de material pedagógico, despesas com material de expediente e pagamento de servidores.

Foto:  Lucas Nascimento / Ascom Seduc  O recurso é fruto de convênio entre a administração estadual, através da Secretaria de Estado da Educação e Cultura (Seduc), e 31 Apaes para a manutenção das escolas especiais que atendem mais de 2 mil alunos em todas as regiões do Estado.

Nas unidades de ensino especiais os estudantes têm acesso à escolarização, oficinas pedagógicas, além de atendimento médico e odontológico. Nas Apaes conveniadas, todos os professores são servidores da Seduc, cedidos às Associações.

De acordo com a secretária de Estado da Educação e Cultura, Adriana Aguiar, os investimentos crescentes na educação inclusiva visam promover a melhoria da qualidade do ensino e atendimento ofertados nas Apaes. O trabalho que as Apaes fazem através das escolas especiais é incrível porque educa e trabalha a auto estima dos estudantes e também da família de cada aluno. Isso é muito importante para o desenvolvimento dessas crianças e jovens”, disse. Para ela, o investimento é importante para garantir a continuidade das ações. “O Estado apoia e continuará apoiando as Apaes”, garantiu.

Para a diretora da Escola Especial Amor de Deus, Jacirene Uchôa Matos, o apoio estadual é fundamental para a manutenção das ações na Apae que fica em Barrolândia, a 105 Km de Palmas. “Essa parceria é importantíssima, pois se não houvesse esse repasse mensal, teríamos muita dificuldade na continuidade das atividades básicas da escola”, disse.  Foto:  Lucas Nascimento / Ascom Seduc

A Apae de Barrolândia foi fundada em 1995 e atende 66 estudantes das zonas urbana e rural. A maioria dos alunos estuda em um período (escolarização) e no horário contrário participam de oficinas pedagógicas como tapeçaria, artesanato com argila, pintura, dança, música e esportes. No centro de reabilitação, estudantes, familiares, servidores da escola e pessoas da comunidade local recebem atendimento de uma equipe de profissionais da saúde, dentre eles, fisioterapeuta, fonoaudiólogo, terapeuta ocupacional, nutricionista, psicólogo, dentista, clínico geral e neurologista.

Todas as idades

 Foto:  Lucas Nascimento / Ascom Seduc Em Palmas, a diretora da Escola Especial Integração, Jedaíta Dias, destaca a relevância da parceria entre o Estado e as Apaes. “Esse é o melhor apoio que já tivemos. É esse convênio com a Seduc que viabiliza o funcionamento da Apae, sem falar na sessão dos servidores que também é feita pelo Estado”, disse.

Antes da escolarização, as crianças com menos de um ano recebem a estimulação precoce. “Hoje atendemos crianças com apenas um mês de vida, o que é muito bom porque quando a criança recebe esse atendimento desde os primeiros meses de vida o resultado no desenvolvimento dela é muito melhor”, destaca.

A Apae de Palmas foi criada em 1991 e atende 214 alunos. Para aqueles alunos que não frequentam a escola regular todo o conteúdo a ser trabalhado é adaptado e começa a ser passado a partir dos quatro anos. É um aprendizado é diferenciado”, relata.

Superação

Henrique Chaves tem 12 anos e está na Apae desde os oito. Ele nasceu com paralisia cerebral e muscular e recebe atendimento especializado. Joana Chaves, a avó, conta que o menino vem apresentando progressos no desenvolvimento da capacidade motora desde que está na Apae. Ele sempre teve muita força de vontade e depois que começou vir para cá agente vê que ele está mais ativo. O trabalho de todos aqui é excelente. Do professor, na fisioterapia, os médicos. Ele gosta muito de ficar aqui e eu faço questão de acompanhar e ver ele melhorando”, relata.

 Foto:  Lucas Nascimento / Ascom Seduc Divina Aparecida Neta tem 27 anos e estuda na instituição desde a infância. As deficiências intelectual e múltipla não a impediram de alcançar muitas conquistas. “Aprendi a pintar quadros, fazer tapete e a dançar. Gosto muito de dançar com meus colegas. Já até viajei para apresentar”, relata. Pelo bom desempenho nas atividades propostas pela Apae, Divina foi convidada, recentemente, para participar de um curso profissionalizante de cabeleireira no Programa SENAI de Ações Inclusivas.

Madalena Pereira da Silva está na Apae de Palmas desde o ano passado. “Eu morava em Tucuruí, no Pará, e agora estou feliz de estudar aqui. Tem música, dança, gosto de fazer os tapetes e de dançar no pátio”, conta a aluna de 36 anos.

As oficinas de pintura e desenho são as prediletas de Neurimar Lima Santos, de 32 anos. Além de frequentar a Escola Especial Integração, ele também concluiu o ensino médio em uma turma regular na Escola Estadual Frederico Pedreira. Eu amo a Apae. As atividades são muito legais. Gosto muito de ficar aqui. Fico mais alegre quando estou aqui com meus colegas e os professores”, diz.

As Apaes

Para o presidente da Federação das Apaes do Estado do Tocantins (Feapaes - TO), os convênios viabilizam grande parte das ações realizadas nas escolas. “Além das campanhas e eventos para arrecadar fundos, a Apae conta também com apoio do governo para a manutenção das atividades. Esses convênios são de grande importância porque beneficiam mais de 3.500 pessoas com deficiência intelectual e múltipla em todo o Estado. Nossa atuação no Tocantins é fortalecida com esse empenho do governo”, afirma.

No Tocantins, 31 Apaes são conveniadas com a Seduc. Para receber este convênio, é necessário que a Associação tenha em sua estrutura de atendimento uma escola especial e a autorização de funcionamento emitida pelo Conselho Estadual de Educação. A partir daí a escola passa a fazer parte da rede estadual de ensino e está apta a receber os recursos. O repasse do recurso da Educação para as associações é feito de acordo com número de estudantes informado ao Censo Escolar do ano letivo anterior. Em todo o Estado são 51 Apaes.

Fonte: Núbia Daiana Mota / Seduc