A semana não começou bem para Antônio José Rodrigues Batista, o Turrão, de 47 anos, que amanheceu reclamando de dores na cela da Delegacia de Polícia Civil do Núcleo Cidade Nova, tudo por causa de um tiro na perna, fruto de um disparo efetuado pela Polícia Militar na noite anterior, do ultimo domingo (15), durante um assalto mal sucedido do qual o baleado participou no Bairro Laranjeiras e durante o qual fez um refém.
Conforme registrado em boletim de ocorrência junto a Polícia Civil, ele foi assaltar uma lanchonete e em companhia de um homem identificado apenas como "Gordo", que conseguiu fugir. Os dois fugiram do local, perseguidos pelas vítimas, e invadiram a residência de Francisco Sousa dos Santos. A vítima contou que estava na frente de casa, por volta de 19h30, quando dois homens apareceram correndo e invadiram a residência, estando os dois armados.
“Um deles Antônio me segurou como refém e um monte de gente já vinha correndo atrás deles porque eles já tinham um assalto. Em seguida chegou a polícia e o outro fugiu. Os policiais começaram a negociar com ele, que botou a arma na minha cabeça”, contou Francisco, acrescentando que o assaltante exigia a presença da Imprensa para soltar o refém.
“Ele ficou pedindo a presença da Imprensa e dizendo que ia me largar quando as câmeras chegassem. Os policiais continuaram negociando, enquanto um veio por trás e atirou contra a perna dele. No momento ele disparou ainda um tiro pra baixo, a polícia o dominou e efetuou a prisão. Graças a Deus não houve nada pior”, contou Francisco, que foi quem pegou a arma do assaltante, quando este a deixou cair, e entregou aos militares.
Já o soldado Eliandro Fernandes, que participou da ação, informou que os policiais foram avisados do assalto e imediatamente seguiram para o local. “Quando chegamos já nos deparamos com ele fazendo a família de refém. Começamos a negociar, pedimos apoio de outras viaturas e logo em seguida os demais policiais chegaram. Eles chegaram a efetuar disparos, em seguida um deles conseguiu fugir pelos fundos e esse rapaz foi alvejado”, explicou, acrescentando que foi uma situação difícil.
Com o acusado, foi apreendido um revólver calibre 38, municiado com quatro cartuchos, estando um deflagrado. Na noite em que foi preso, Antônio disse que não conhecia o comparsa e não queria falar acerca do assunto. Já na manhã seguinte ele alegou que estava muito embriagado quando tudo aconteceu e que só se lembrava de chegar na delegacia. Antônio informou, ainda, que é interno do Centro Regional de Recuperação Agrícola ‘Mariano Antunes’ (Crrama), onde cumpre pena por assalto e tráfico de drogas e saiu durante o indulto do Dia das Mães.
