Agente Carcerário teria se irritado com o bloqueio da Avenida para enfeite e tentou passar pelo local. Moradores dizem que de arma em punho, o agente teria ameaçado a todos.
Alguns moradores da Avenida Nossa senhora de Fátima próximo a praça Darcy Marinho isolaram parte da Avenida no período noturno da ultima segunda feira (16), para enfeitar o trecho em razão do acontecimento do jogo do Brasil na Copa do Mundo, que aconteceu na terça feira (17).
Com o isolamento daquele trecho, os transeuntes tinham que desviar pelas ruas laterais, porém no dia do acontecido, segundo os moradores, o agente carcerário Fredson Hércules teria tentado passar pelo local com seu veículo por cima do asfalto que estava sendo pintado e ao ser impedido o mesmo teria puxado uma pistola e ameaçado os jovens Diogo Maranhão Morais e Victor Dias Maranhão Milhomem.
No boletim de ocorrências feito por Diogo e Victor, consta que o senhor Fredson havia descido do carro com arma em punho e teria perguntado se eles queriam morrer apontando a pistola em direção a eles. Diogo Maranhão relatou ainda que se aproximou de Fredson e lhe explicou que estavam devidamente autorizados, a fazer a ornamentação, porém, este teria avançado sobre o cone e direcionado o veículo rumo aos dois, tendo eles que se apoiarem no carro para não serem atropelados (Clique Aqui para ver cópia da autorização tirada na prefeitura). Consta ainda no B.O que o agente teria descido do veículo e com a arma na mão apontou para os dois comunicantes. Continuando o relato, os jovens explicaram na delegacia que Fredson estava visivelmente alterado, nervoso e agitado durante as ameaças e que este havia colocado a mão no peito de Diogo o empurrando e lhe perguntando se ele não teria medo de morrer. Em ato contínuo, Fredson Hercules entrou em seu carro e ultrapassou o local que estava bloqueado. No B.O os comunicantes solicitaram que todas as providências possíveis sejam tomadas, pois é inadmissível que um agente da lei comporte-se daquela forma, prevalecendo-se da condição de ter porte de arma e se utilizar do que seria um instrumento de trabalho para intimidar as pessoas. (Clique Aqui para ver Cópia do Boletim de Ocorrência)
Outra Versão
Procuramos o senhor Fredson, que em conversa com nossa equipe relatou que no dia do acontecido, o mesmo já teria passado por outra rua que estava isolada, sendo esta a XV de Novembro em frente ao Sport's Bar que também estava sendo enfeitada, no qual teria desviado desta, passando pela Rua Professor Virgílio indo em direção a beira rio. Ao voltar de seu trajeto o mesmo estava subindo pela Avenida em questão quando deparou-se com outra barreira e como ainda não haviam começado os trabalhos de enfeites pois estavam apenas no inicio, tentou passar, momento este que escutou um barulho parecido que alguém teria chutado o seu veículo. Neste momento o agente contou que desceu do carro e perguntou se eles teriam chutado o seu carro, onde em resposta lhe disseram que teria sido um cone que estava caído próximo ao pneu. Fredson disse que perguntou ainda se eles teriam autorização para isolar uma avenida principal como a Nossa Senhora de Fátima, e em resposta lhe disseram que tinham autorização da Polícia Militar.
Em sua defesa Fredson disse que houve um bate boca e que realmente estava de arma em punho porque estava de serviço, mais em momento algum teria apontado para as pessoas presentes e que somente interpelou sobre o seu direito de ir e vir que não estava sendo preservado, já que os cones não teriam nenhuma identificação da Polícia Militar e em momento algum lhe mostraram qualquer documento que lhe dessem o direito de bloquear a avenida.
Após a discussão o agente disse que entrou no seu veículo e atravessou o local do isolamento indo embora para seu local de trabalho. No final da conversa com nossa equipe o agente disse que estava se tornando brincadeira o povo ficar isolando ruas dificultando a passagem dos veículos e pessoas, e que se encontrar qualquer rua bloqueada iria passar do mesmo jeito. "Pode colocar na matéria, se eu chegar em uma rua e esta tiver isolada dificultando minha passagem e não tiverem a devida autorização da prefeitura ou da PM eu vou passar na mesma hora". Finalizou o agente Fredson.
Um inquérito deverá ser instaurado para apurar a veracidade dos fatos.