Depois das frequentes mortandades de peixes que é visto todos os anos no entorno da Usina Hidrelétrica Estreito, um outro prejuízo maior ainda e incalculável para a natureza foi posto amostra nesta temporada de veraneio 2014 em Aguiarnópolis.
A prefeitura, através da secretaria de cultura sempre tinha que preparar duas temporadas de praias na cidade, a chamada "Prainha do Pé da Ponte" e a da "Ilha Cabral", só que este ano, para surpresa dos organizadores quando o rio baixou e segurou um pouco o sobe e desce que constantemente acontece depois que a usina passou a funcionar em sua totalidade, o que se viu na Ilha Cabral foi uma grossa camada de cascalho misturado com brita cobrindo 80% das praias do entorno da ilha.
A associação de barqueiros que organiza a travessias dos turistas e munícipes tanto de Aguiarnópolis em Tocantins e Estreito no Maranhão que são as duas cidades que mais usufruíam daquela praia, estão apenas contabilizando os prejuízos com o não funcionamento da estrutura neste ano.
Outra associação que também não sabem calcular os prejuízos que terão nesta temporada de veraneio de 2014 é a de Barraqueiros que apenas uma parte deles conseguiram espaço para trabalhar na pequena mais aconchegante "Prainha do Pé da Ponte".
Em conversa com o Prefeito de Aguiarnópolis Ivan Paz, este disse que não há o que fazer porquê mesmo com a ajuda do Governo do Estado juntamente com a ADTUR que geralmente cede a estrutura como tendas e banheiros químicos, não tem como readaptar a imensa praia as condições para se realizar a temporada deste ano. "De agora em diante teremos que contar com a sorte, pois se a enchente no período chuvoso for grande quem sabe as águas não levarão a piçarra e a brita que está cobrindo a areia da praia e assim poderemos fazer a temporada de 2015". Disse esperançoso o prefeito.
Por parte do CESTE, consórcio que construiu e administra a Usina Hidrelétrica não se viu nenhum interesse em ajudar os comerciantes que dependem da praia para garantir o sustento pelo menos nessa época o que gera bastante reclamações por parte dos barraqueiros e barqueiros. "Antes, quando eles estavam construindo dava de tudo aqui pra fazer a média, agora, depois que o paredão estão feito eles deixaram nós ás mínguas, comendo literalmente o pão que o diabo amassou". Confidenciou um dos que se diz prejudicado.
Não conseguimos informações se algum órgão, como Ibama ou Naturatins tenha realizado alguma visita ou ter feito alguma notificação ao CESTE, mas o prefeito Ivan Paz prometeu entrar com uma ação contra o consórcio por causa dos danos causados á natureza e ao município.
