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Presos Acusados de Ter Matado Sargento da PM em Marabá

Data do post: 09/07/2014 19:55:55 - Visualizações: (2529)

Foi apresentado na 21ª Seccional Urbana de Polícia Civil, na noite desta segunda-feira (7), Gustavo Bezerra dos Santos, de 20 anos, acusado de ter disparado um tiro de pistola 380 contra a cabeça do sargento da Polícia Militar Manoel Marinho Sousa Filho, de 43 anos, crime ocorrido na madrugada de sábado (5), na casa do militar, no Bairro Liberdade.

Fotos: ctonline  Além dele, foi apresentado, também, Wanderson Santos Pereira, de 18 anos, acusado de ter receptado uma das armas que desapareceram da casa do policial.

Ainda durante o final de semana foi apreendido um menor de idade, de 17 anos, e preso o balconista de farmácia Ernandes Ferreira de Lima, 26 anos, também suspeitos de envolvimento no crime. Gustavo foi preso na cidade de Bacabal, no Maranhão, e trazido para Marabá em uma viatura do Grupo Tático Operacional (GTO). Ouvido pela Reportagem, ele confessou o crime.

"Matei ele depois que aconteceu um abuso. A pistola estava no pé da cama, mas não posso contar toda a história, apenas para o delegado“, declarou. Gustavo alega que se sentiu humilhado por ele, por isso cometeu o crime. “Ele estava acordado quando eu matei ele. Eu matei ele porque ele fez eu fazer coisas que eu não queria. Me senti humilhado”, alegou. Ele, ainda, tomou para si toda a responsabilidade pelo crime. Só eu mesmo participei”, afirmou, acrescentando que havia conhecido o militar naquela mesma noite. “Antes eu conhecia ele apenas de vista”.

O tenente-coronel José Eduardo Pimentel, comandante do 4º Batalhão de Polícia Militar (BPM), esteve na delegacia acompanhando a apresentação e comemorou as prisões. "O que matou efetivamente o policial e estava com ele no quarto está preso. Chegamos até ele com base na investigação que fizemos no bairro. Nossos policiais se empenharam e não mediram esforços para realizar essas prisões. Consideramos que podemos dar o caso como desvendado”, declarou.

Ainda conforme o comandante, as investigações, no entanto, continuam para se estabelecer qual a exata participação de todos os envolvidos. “Os dois primeiros a serem presos Ernandes e adolescente de qualquer forma também têm participação no evento, mas isso ainda está sendo investigado pela Polícia Civil. Vamos esperar agora o depoimento deles para verificar todo o caso e se há mais informações para serem checadas”.

Das três armas roubadas da residência do policial militar - duas pistolas calibre 380 e uma pistola calibre ponto 40 da Polícia Militar – apenas uma calibre 380 foi recuperada. Continuamos ainda as investigações, em conjunto com a Polícia Civil, para encontrar as outras duas. Wanderson, que havia sido preso em Marabá, mas foi levado até o Maranhão, possivelmente para mostrar onde o outro estava escondido, também com versou com a Reportagem e declarou que sequer sabia do assassinato do policial quando pegou a arma para revender. “Sobre a morte, não fui eu. Eu só vendi a arma, uma pistola 380. Fiquei sabendo da morte dele só ontem domingo.

Viatura teria capotado durante viagem

Uma fonte ligada à Polícia Militar informou que enquanto os presos eram trazidos a Marabá a viatura do Grupo Tático Operacional (GTO) capotou no município de São Pedro da Água Branca, no Maranhão. Os policiais teriam conseguido desvirar o veículo e prosseguido a viagem até Marabá, sendo que alguns tiveram escoriações leves.  A Reportagem entrou em contato com o comandante do 4º Batalhão de Polícia Militar (BPM), tenente-coronel José Eduardo de Oliveira Pimentel, e com o comandante do GTO, tenente Bruno Teixeira. Ambos se negaram a comentar o caso.

Há mais um preso e um menor apreendido

Ainda no final de semana foi preso, em Marabá, Ernandes Ferreira de Lima e apreendido um adolescente de 17 anos sob suspeita de envolvimento no caso.  Segundo a versão que o menor de idade contou para a polícia, o mentor do crime seria Ernandes e o objetivo era subtrair alguns pertences da vítima, como armas, joias e dinheiro.

“Eles tinham interesse nas armas que o sargento possuía. Eram três pistolas, sendo uma do Batalhão e duas particulares. Eles tramaram toda a situação durante uma festa ontem sexta-feira, dia 4, pela madrugada. De posse de algumas informações, conseguimos chegar até o menor e ele não demonstrou arrependimento. Disse o que fez, porque fez e que até faria de novo”, informou o tenente Bruno Teixeira.

Ainda de acordo com o relato do adolescente feito à polícia, após a morte do PM, Ernandes chegou ao local e fez “o limpa”. Ernandes admitiu que esteve com a vítima naquela madrugada, mas conta outra história e afirma ser inocente.

Ernandes diz que conhecia o policial militar há certo tempo, mas alega não ter nenhuma participação na morte dele. Ele relatou à Reportagem que foi a uma casa noturna com a vítima e, na volta, o sargento trouxe ele e o menor em uma motocicleta. “Ele Marinho me deixou na porta de casa e saiu com esse rapaz”, completa o suspeito.

Segundo o balconista, eram comuns as saídas dele com o policial, mas não soube informar se a vítima Foto: Diariodoparajá havia saído outras vezes com o menor. “Eu sou inocente, estava na hora errada e no dia errado. Ele adolescente jogou para cima de mim, me acusou e disse que eu tinha arquitetado a morte, sendo que o Marinho é meu amigo. Isso é uma covardia, tanto para ele sargento como para mim”, argumentou Ernandes.

O sargento Marinho estava lotado no Fórum de Marabá e, conforme comenta o tenente Teixeira, era muito querido pelos funcionários da instituição. “Tanto é que se fizeram presentes no local de crime juízes, promotores e defensores públicos. Lamentamos a fatalidade e estamos aqui para reprimir isso”, finalizou o tenente.

Fonte: (Esaú Moraes e Luciana Marschall- ctonline)