A Polícia Civil prendeu, em cumprimento a mandado judicial de prisão preventiva, nesta terça-feira, 12, Amilton Jorge Moraes da Silva Filho, 21 anos, morador no bairro da Cremação, em Belém.
Ele é acusado do crime de estupro de vulnerável. A vítima é um menino de 12 anos. Ele foi preso, pela manhã, por policiais civis da Delegacia Especializada no Atendimento à Criança e ao Adolescente (DEACA), sediada no Programa Pro Paz Integrado, na Santa Casa de Misericórdia do Pará. A unidade policial é vinculada à Diretoria de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAV), da Polícia Civil. A delegada Ocione Guidão, coordenadora da unidade policial, explica que a ordem judicial foi expedida pelo juiz Flávio Sanchez Leão, titular da 1ª Vara de Inquéritos Policiais e Medidas Cautelares da capital.
A policial civil relata que o caso de violência sexual chegou ao conhecimento da DEACA após apuração iniciada com uma denúncia anônima. A equipe policial foi até a casa do acusado, na Passagem Bugarin, na Cremação, onde foi apontado como autor de atos de violência física e psicológica contra a criança. Os policiais civis convocaram a mãe do menino a comparecer com o filho na DEACA. A criança foi acolhida pelo Setor Psicossocial do Pro Paz Integrado, onde revelou ter sido vítima de estupro de vulnerável, cujo acusado era Amilton Jorge. Assim, a DEACA instaurou inquérito policial, sob presidência da delegada Nadiana Cavalero de Macedo. Na conclusão das investigações, foi feita a representação pela prisão preventiva do acusado pela coordenadora da DEACA.
Ainda, dentro do inquérito, foi ouvido o depoimento do padrasto do menino, em 17 de julho passado, quando foi informado que a criança era alvo de constantes agressões verbais, constrangimentos e ameaças por parte do agressor. “Embora tivesse um inquérito em apuração, a situação tomou proporções porque Amilton agredia verbalmente a vítima e não satisfeito fazia escândalos na porta da escola da criança, para constranger o menino com palavras de baixo calão e comentários depreciativos”, conta a delegada Ocione Guidão. Ainda, conforme a policial civil, a vitima padece de problemas neurológicos e toma remédios de uso controlado. Com base na conclusão do relatório social, o menino apresenta nervosismo e medo ao verbalizar sobre o caso.
Além disso, detalha o relatório, o fato de os pais da vítima saírem para trabalhar, deixando-a vulnerável às investidas do acusado, só aumenta o estado de tensão da criança. “O agressor e a vítima são primos e moram com as respectivas famílias em um terreno de herança da família, que é objeto de constantes conflitos familiares, agravados com a descoberta dos abusos sexuais”, ressalta a delegada. O combate aos crimes sexuais contra crianças e adolescentes é uma das prioridades da Polícia Civil, no Estado do Pará, com ações de enfrentamento aos crimes sob coordenação da Diretoria de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAV). Amilton permanece recolhido no Sistema Penitenciário do Estado à disposição da Justiça.
