Mateiros, Goiatins e Lagoa da Confusão possuem os maiores focos. Segundo Corpo de Bombeiros, ação humana é um dos maiores problemas.
Um total de 20 brigadistas do Corpo de Bombeiros Militar (CBM) e da Guarda Metropolitana de Palmas estiveram na Serra do Carmo, localizada nas proximidades de Palmas, na tentativa de controlar os focos de queimadas que estavam no local havia dois dias. Com a queimada na serra, até a última terça-feira (12) foram registrados 24 focos de incêndio apenas na capital, segundo dados do último boletim da Defesa Civil. No estado foram registrados 4.481 focos, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).
O subcomandante do 1º Batalhão do Corpo de Bombeiros, capitão Erisvaldo de Oliveira Alves, diz que a situação na serra está controlada, mas o Corpo de Bombeiros vai ficar monitorando a região para evitar maiores focos. "A gente conseguiu controlar a queimada na serra, mas a situação é preocupante. Então vamos fazer mais rondas e se preciso apagar outros possíveis focos de incêndio. A Serra do Carmo, até por uma questão geográfica, é mais complicada para gente chegar em alguns focos de queimadas", explica Erisvaldo.
Ainda segundo o subcomandante, três fatores tem contribuído para esse aumento dos focos de incêndio. "O tempo seco, a vegetação e a ação humana contribuem para a propagação rápida das queimadas, mas principalmente a ação humana que contribui para pequenos focos, que acabam se alastrando e se transformando em grandes incêndios e queimadas", destaca.
Em Araguaína, região norte do Tocantins, também foi registrado um incêndio nesta terça-feira (12), às margens da BR-153. O fogo atingiu uma fazenda, destruiu uma plantação de eucalipto e a fumaça atrapalhou os motoristas que passavam pelo local.
Ainda conforme o capitão Erisvaldo de Oliveira, o Tocantins está em terceiro lugar no país com relação aos focos de queimadas e os municípios de Mateiros, Goiatins e Lagoa da Confusão são os que apresentam os maiores focos do estado. "São municípios que tem parques ou reservas indígenas. Foram feitos estudos e indentificamos que esses lugares são os que mais queimam, justamente por conter essas características", afirma.
Para atender casos de queimadas continuamos com as equipes específicas e quem presenciar um foco de queimada pode ligar no Corpo de Bombeiros pelo número 193. "Vamos reforçar o nosso quantitativo para atender o chamado da população. E outra coisa é que quem flagrar alguém 'tocando' fogo deve acionar a Polícia Militar, Polícia Civil ou a Guarda Metropolitana, porque isso é crime ambiental", finaliza.