Vítimas relatam que ele dá a palmada e foge de motocicleta. Agressões acontecem quando elas estão chegando ou saindo do trabalho.
Um motociclista misterioso está assustando as mulheres que moram ou trabalham nas quadras da região central de Palmas. As vítimas contam que o homem se aproveita de ruas desertas para dar um tapa no bumbum das mulheres enquanto elas caminham sozinhas. O agressor costuma agir nos horários em que elas estão chegando ou saindo do trabalho e foge segundos após dar a palmada.
Uma testemunha afirma que pelo menos uma das agressões foi contra uma menor de idade, e que ela ficou muito assustada com a ação do homem. "Ele só circulou por mim, voltou na rua e tinha uma moça, talvez de 16, 17 anos mais ou menos. Ele fez aquele círculo por trás dela e aí deu aquele tapa, assim né no bumbum dela. Eu ouvi a moça gritar alto", conta.
A Polícia Militar orienta as mulheres a gritar sempre que sentirem que estão em risco, pois o barulho pode desencorajar a ação do motociclista.
Uma das mulheres que foi agredida conta que chegou a perceber a movimentação do motociclista e diz que só não passou por algo ainda pior porque estava com o controle do portão de casa na mão e conseguiu entrar rapidamente.
"Quando eu saí da praça, no outro lado, ele veio atrás de mim e veio de uma vez. Eu acelerei a bicicleta, mas ele conseguiu me pegar ainda na esquina. Me deu um tapa muito forte nas costas, assim, quase me derrubando. A minha sorte é que eu estava com o controle do meu portão eletrônico", relata.
Por causa das agressões, muitas mulheres precisaram alterar a rotina e estão tomando cuidados redobrados ao sair de casa. Uma das moradoras diz que evita andar a pé e sozinha na capital. "Eu tento andar o mínimo possível a pé. Estou bastante assustada. Qualquer moto que passa eu já fico em alerta."
A PM pediu que, além de registrar o boletim de ocorrência na Polícia Civil, a vítima também acione o 190, para que os policiais que fazem o patrulhamento nas ruas possam realizar buscas de acordo com as características do suspeito.
Segundo a corporação, há cerca de dois meses informações sobre esses casos estavam sendo repassadas como viral em uma rede social. Apesar disso nenhuma ligação que pudesse ajudar na localização do suspeito foi feita ao 190.
De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) não existe uma estatística sobre esse tipo específico de agressão. A polícia registra esses casos como tentativa de estupro, uma vez que é um ataque à intimidade das vítimas.
