Moradores vizinhos de um lote de 4.200m², localizado entre as Ruas Tocantins e Travessa Imperatriz no Barro Alto da Boa Vista I em Tocantinópolis se uniram para tentar evitar que o local seja cercado, o que atrapalharia o acesso deles ao córrego.
A confusão se formou na manhã desta terça feira (11), quando o senhor Miguel Cândido, proprietário de um grande lote nas margens do Córrego Ribeirãozinho chegou com algumas estacas para cercar o local. Imediatamente os moradores vizinhos ocuparam o local para evitar que a cerca fosse construída, alegando que atrapalharia o acesso deles ao córrego que segundo algumas mulheres ainda é usado para se lavar roupa e também se refrescarem nos dias de maior calor.
Para tentar resolver a situação, os vizinhos do local chamaram a Naturatins, onde dois funcionários daquele órgão foram até o local, dentre eles o professor Lamarck que serviu como uma espécie de intermediador entre os manifestantes e o proprietário do lote.
Seu Miguel apresentou documento do qual provava que ele havia comprado o lote de um antigo dono chamado Antonio, morador das proximidades da praça da Bíblia, pelo valor de R$ 15.000,00 (Quinze mil reais), e assim queria o direito de cercá-lo alegando que os mesmos moradores vizinhos ao seu terreno usavam o local como lixeiro.
Do outro lado os moradores acusam o novo proprietário de querer usar o terreno como uma espécie de depósito de ferro velhos, pois Miguel Cândido trabalha na rua coletando ferros e alumínios para vender.
Lamarck explicou a todos os presentes qual era o papel do Naturatins na questão, onde disse ao proprietário até onde o mesmo poderia cercar as margens do córrego, e também lhe orientando quanto a poda de árvores que o mesmo pretende fazer no local, cortando algumas galhas de mangas.
Com a intervenção do Professor Lamarck, ficou acertado com o proprietário Miguel de que este cercaria o lote de acordo a lei vigente, porém este deixaria um corredor em aberto para que as pessoas pudessem ter acesso até o córrego, o que foi questionado por alguns moradores que apesar de aceitar fizeram um abaixo assinado para ser entregue ao prefeito Fabion Gomes solicitando a desapropriação do terreno e pedindo a construção de uma pequena praça pública.
Em conversa com nossa equipe, o senhor Miguel nos relatou que o plano dele de cercar a área era para evitar que fosse jogado mais lixo no local, pois mesmo a prefeitura pegando esse lixo que era despejado lá, as vezes era preciso usar a pá mecânica que estaria cavando no terreno, deixando-o impróprio para construção. Ao ser perguntado se o mesmo pretendia construir no local o proprietário respondeu que pretende sim construir duas casas para seus filhos que hoje passam dificuldades morando de aluguel, mais isso sem prazo definido, pois ele ainda não dispões de condições financeiras para isso.
Sobre o corte das árvores existente no lote Miguel respondeu que pretende apenas podar algumas galhas do pé de manga que estão por cima da rua e que só vai fazer essa poda quando as frutas acabarem já que estamos no período das mangas.
Ao que tudo indica o caso deve ir parar nos tribunais pois os moradores não querem aceitar ficar apenas o corredor para acesso ao córrego e o senhor Miguel disse que não abre mão de cercar o local. Vamos ficar acompanhando para ver o que a prefeitura, através do prefeito Fabion Gomes vai se manifestar após o abaixo assinado ser entregue.
Abaixo Vídeo do Momento da Discussão:
