O texto escrito e publicado no Blog de Paulo Fonteles Filho, e republicado no Blogdadilma.com, um dos maiores difusores da atual gestão da presidenta Dilma Roussef sugere que a escolha não foi boa.
Após o anuncio da possível nomeação da senadora reeleita pelo Tocantins Kátia Abreu para assumir o Ministério da Agricultura, houve um verdadeiro alvoroço não só no Estado que a elegeu, mais também em toda a política nacional, onde fontes dizem que o convite para que Kátia assuma a pasta da agricultura abriu uma crise entre o PMDB, atual partido da senadora e a presidente Dilma. Segundo postagem publicada no jornal "O Globo", os peemedebistas teriam ficados insatisfeitos com a decisão da presidente ter sido tomada sem consulta a legenda.
O MST (Movimento Sem Terras), também reagiu á possível nomeação de Kátia, onde segundo fontes do Jornal O Globo, cerca de dois mil "Sem Terras", invadiram uma fazenda pertencente a um ex-prefeito de Palmeiras das Missões no Rio Grande do Sul, onde a entidade afirmou em nota que o ato de invasão é um recado para Kátia Abreu, que ainda foi chamada de "Símbolo do agronegócio", por dirigentes do movimento.
A página oficial do MST, também divulgou uma matéria resgatada de antigas postagens, intitulada "Golpe Contra Camponeses", que narra a história de um chamado golpe da família Kátia Abre contra 80 famílias de pequenos agricultores na cidade de Campos Lindos (TO). O texto conta a história de como os agricultores daquela região, alguns deles com documentos de posse de terras datados de 1955 que foram literalmente expulsos no ano de 2003 pela justiça tocantinense em nome de uma reforma agrária, nesse caso invertida, que beneficiou principalmente a própria família da senadora. O episódio foi classificado pelo Ministério Público Federal do Tocantins como "Grilagem Pública". O principal personagem dessa história é o agricultor Juarez Vieira Reis de 61 anos, que desde 2003, tenta fazer a Justiça Tocantinense julgar seus pedidos de reaver suas terras de 545 hectares do qual o mesmo foi expulso com a família, e que hoje essas terras pertencem a Kátia Abreu.
Quem também reagiu a possível nomeação foi o Conselho Indigenista Missionário o (CIMI) que em sua página na internet também republicou o texto que consta na página do MST, só que no site do "CIMI", há uma charge em alusão de que com a nomeação de Kátia Abreu, estaria aberta oficialmente a temporada de caça à Índios e Quilombolas no Brasil. (Clique Aqui ou na imagem abaixo para ler a publicação)
Segundo a Folha de São Paulo, o convite feito pela presidente a Kátia Abreu aconteceu ainda na ultima quarta feira (21), porém não foi bem aprovada pela cúpula do PT, o que fez com que o anúncio fosse adiado até agora.
Analistas da atual política dão como certa a nomeação da senadora para o Ministério da Agricultura mesmo a contra gosto de alguns aliados da presidente. Vale ressaltar ainda que Kátia está de casamento marcado com o engenheiro Moisés Gomes, e que tem como padrinhos a presidente Dilma Roussef e o Senador Waldemir Moka do PMDB.
Em Tocantinópolis
A senadora Kátia Abreu esteve neste ano de 2014 em Tocantinópolis juntamente com seu filho, o Deputado Federal Irajá Abreu e o seu suplente de senador Donizete Nogueira, na ocasião que veio no município para participar da abertura da Exposição Agropecuária de Tocantinópolis a "Expotoc", e na época foi entrevistada na Rádio Sucesso FM, onde falou sobre alguns assuntos ligados á agricultura e foi perguntada pelo então locutor Roberlan Cokim, se a senadora tinha algum projeto para ajudar os indígenas a produzirem e Kátia Abreu respondeu que existem algumas limitações quanto a produção nas terras indígenas que não podem ser desmatadas e citou que nessas áreas indigenas poderiam ser produzido peixes, ou mel, ou a criação de pequenos animais, hortaliças e plantas medicinais, onde explicou ainda que a Faet dispõe de um técnico para auxiliar as etnias interessadas em fazer esse tipo de criação ou cultivo. (Assistam abaixo a entrevista na íntegra)