Alguns deles trabalham no local a mais de 20 anos e após uma visita dos fiscais que os intimaram a apresentarem notas fiscais de entrada e comprovante de inscrição de microempreendedor individual, eles temem que serão proibidos de comercializar no local.
Os vendedores ambulantes que trabalham em barraquinhas e barracas improvisadas na Praça Darcy Marinho, a principal de Tocantinópolis, foram surpreendidos na manhã desta quarta feira (03), por fiscais da Secretaria da Fazendo os intimando a apresentarem documentação fiscal das mercadorias vendidas no local além de comprovarem o cadastro no CAD-ICMS ou mesmo comprovante de inscrição como Microempreendedor Individual.
Segundo os vendedores, na semana passadas eles foram avisados pela prefeitura municipal de que ao encerrarem suas vendas diárias, os mesmos teriam que desmontar as barraquinhas que frequentemente são deixadas prontas para o dia seguinte.
"Já acredito que isso tudo deve ser apenas um aviso de que vão nos tirar daqui, vamos morrer de fome, não temos pra onde ir, não sei nem o que fazer". Desabafou uma das vendedoras ambulantes que foi notificada.
Uma das que recebeu a intimação, a senhora Nesy Pereira da Silva, disse que está indignada com a situação. "Eu sou sozinha, como vou conseguir desmontar e montar essa barraquinha todos os dias?". Perguntou a senhora que mostrava a intimação entregue por um funcionário da Secretaria da Fazenda do Estado do Tocantins.
Realmente a preocupação desses ambulantes é séria, se contabilizar todos os que trabalham na praça, somarão mais de cinquenta pessoas que sobrevivem graças ao dinheiro ganho com as vendas feitas naquele local, que além de ficar no centro da cidade, é considerado o coração financeiro de Tocantinópolis pois lá existem duas agências bancárias, uma do Banco do Brasil e outra do Bradesco.
Alguns comerciantes após serem avisados de que teriam que retirar as barracas todos os dias, questionaram a situação de um outro comerciante conhecido por "Baxim", que foi mais longe e instalou no local uma espécie de "Pit Dog", que é usado para tirar xerox e outros serviços. "E o Baxim, vai ter que tirar o Pit Dog dele todos os dias? Porque não colocam Pit Dogs pra nós também, que não precisam ser desmontados"?. Questionou um dos reclamantes.
Depois que foram notificados através da intimação entregue nesta quarta feira (03), os vendedores desfizeram suas barracas de vendas guardando as mercadorias e prometendo juntos irem a sessão da câmara municipal de hoje reclamar e pedir uma solução aos camaristas.
O que se está percebendo nesta situação criada ao longos dos anos, é uma espécie de caça a bruxas contra esses vendedores que como sempre é visto em Tocantinópolis, deve ter o dedo de algum comerciante que tem prédio próprio na região, pois aqui como todos sabem, vale a pressão de quem tem maior aquisição financeira.
Lógico que esses ambulantes não tem a ideia de passarem a vida toda no informal, mas eles deveriam ter recebido melhor informação para poder se adequarem, muitos deles já possuem o cadastro de Microempreendedor Individual, mas outros ainda não o fizeram, quanto as notas fiscais de entrada de mercadorias pedidas na intimação, acredito que a cobrança e fiscalização deveria começar pelas empresas maiores, mas como sempre o cordão só quebra para o lado menor, vamos aguardar o desenrolar dos fatos que se acontecer o que preveem os comerciantes da praça, vai deixar muita família em situação de calamidade, pois ainda não foi feito nenhum projeto ou investimento para abrigar esses pobres trabalhadores que só querem um lugar para trabalhar, e vale lembrar que a prefeitura investiu mais de R$ 500 mil reais numa feira do produtor rural Osvaldo Mariano que fica localizada no Bairro Alto Bonito, e que passa o dia desocupada, enquanto a feira livre que funciona aos domingos está caindo aos pedaços por falta de uma reforma.
Esse é um baita problema para o prefeito Fabion Gomes, mas acredito que os comerciantes não devem se preocupar muito, porque o lema do prefeito é "Deus Acima de Tudo", o resto que se vire.