Por mais que os agentes carcerários revistem as pessoas que por ventura aparecem na cadeia para visitar ou entregar roupas e alguns objetos aos detentos, sempre quando há revistas se encontra celulares, armas artesanais e drogas.
Para tentar diminuir as tentativas de fugas e demais ocorrências na cadeia, o chefe local, Vinicius de Lima Silva, conseguiu através de uma parceria com o judiciário, instalar algumas câmeras de segurança no prédio o que de certa forma diminuiu bruscamente as tentativas de fuga, porém de quase nada vem impedindo a entrada de drogas, bebidas, celulares e porque não dizer "armas", já que frequentemente se encontra os chamados "Chunchos", que geralmente são fabricados com pedaços de vergalhões que antes se tinha uma pensamento que os mesmos eram encontrados pelos presos na época das obras da reforma da cadeia, porém, agora se sabe que os pedaços de vergalhões que são trabalhados artesanalmente entram de uma outra forma.
O esquema de envio de ilícitos aos detentos em Tocantinópolis funciona da seguinte forma:
Muito bem amparados por pessoas do lado de fora da cadeia, os presos marcam dia e hora para que seus comparsas levem drogas, e celulares para eles. A combinação toda é feita através de celulares que de alguma forma entram facilmente dentro da cadeia.
Feito isso, os comparsas vão de madrugada para o lado de fora da cadeia e lá mandam o sinal de que estão de prontidão, assim os detentos que já fizeram um buraco nas grades das janelas empurram vários cabos de vassouras emendados uns nos outros de uma maneira que chegue do lado de fora do muro já com uma sacola na ponta, que imediatamente é colocado os ilícitos pedidos, lógico que o trabalho não é feito as pressas já que o buraco aberto para passar os cabos de vassouras não é muito grande então tem que ser um de cada vez, o que leva tempo.
Feito isso é só desfrutar do que entrou na cadeia, aonde o celular é a galinha dos ovos de ouro, pois com ele tudo se torna mais fácil para a entrada de mais objetos. (Vejam no vídeo de uma câmera de segurança os detentos recebendo objetos vindo de fora).
O esquema do lado de fora da cadeia está tão grande que a ultima tentativa dos presos de levar objetos pra dentro das celas foi frustrada por um agente carcerário que desconfiou quando foi levar os detentos Alcilean de Sousa Nunes e Ezequias Rodrigues da Silva até o Hospital Municipal José Sabóia para atendimento médico e ao chegar na emergência um dos presos pedia insistentemente para ir ao banheiro, porém, o agente resolveu fazer uma vistoria antes no sanitários e lá encontrou escondido dentro do cesto de lixo três embrulhos envolvidos em sacos plásticos, sendo que no primeiro havia um aparelho celular LG com rádio AM/FM, no segundo pacote havia um carregador para o referido celular e no terceiro uma porção de uma substância esverdeada, prensada análoga a maconha, ambos protegidos com camisinhas.
Na tentativa de descobrir quem havia deixado as drogas no local estratégico "Banheiro", o agente descobriu que antes da chegada dos detentos, uma mulher cujo nome não foi divulgado, havia estado na emergência do mesmo hospital alegando estar passando mau com uma forte dor na barriga, e enquanto aguardava para ser atendida, pediu para ir ao mesmo banheiro e após usá-lo foi embora dizendo que a dor tinha passado.
Uma outra tentativa frustrada pelos agentes carcerários foi noticiada aqui neste site, quando a senhora Ivanilde Vieira Clementino de 43 anos, foi flagrada ao visitar o filho, tentando entrar com drogas escondidas dentro de barras de sabão. Após ter sido presa, a mãe do detento Tharison Kenner Vieira Doca, que está preso aguardando julgamento por vários furtos e uma tentativa de homicídio, contou na delegacia que recebeu uma ligação de seu filho Tharison, proveniente de dentro da cela onde o mesmo está preso, no qual Kenner lhe disse que um rapaz iria deixar alguns mantimentos para que ela levasse até a cadeia para lhe entregar. Ivanilde relatou que por volta das 15 horas chegou um homem em sua casa e entregou duas sacolas, lhe instruindo que uma seria para Tharison e a outra para um amigo dele. Ivanilde disse que percebeu que nas sacolas haviam algumas bolachas e um pacote de flocão de milho, e que junto adicionou alguns DVD's e CD's e algumas frutas "mangas", e viu o pacote com as barras de sabão da marca "Comigo", que estava lacrado. A mãe explicou ao delegado que nunca havia levado essa quantidade de sabão para Kenner, mas que também não desconfiou que ali dentro poderia conter drogas.
A polícia militar por várias vezes foi chamada para tentar prender os meliantes da máfia que fica do lado de fora trabalhando para abastecer os presos do lado de dentro da cadeia, mas até o fechamento desta matéria nunca conseguiram prender algum deles no momento que estão em ação nos muros da carceragem.