Ele aguardava julgamento pelo assassinato de um policial militar em 2013. Denis Silva França de 23 anos estava preso no presídio Barra da Grota.
A falta de uma escolta no Presídio Barra da Grota, em Araguaína, no norte do Tocantins, acabou forçando a soltura de um presidiário na manhã desta sexta-feira (27). Denis Silva França, de 23 anos, estava preso desde dezembro do ano passado. Ele aguardava julgamento pelo assassinato do policial militar Dionedith Oliveira, ocorrido em 2013. O jovem deixou a prisão acompanhado pelo pai dele.
A liberação do acusado foi feita após o juiz da 1ª Vara Criminal de Araguaína, Francisco Vieira Filho, determinar o relaxamento da prisão. Denis não pôde comparecer a uma audiência na última quarta-feira (25), porque não havia escolta para levá-lo. O motivo seria a greve da Polícia Civil no Tocantins. Segundo os agentes do Presídio Barra da Grota, a escolta não é um serviço essencial e deve continuar suspensa durante a greve.
Por causa da paralisação, também estão suspensas as visitas de familiares, entrega de alimentação e até visitas de advogados e defensores. Essa situação pode ser um dos motivos de uma tentativa de rebelião na quinta-feira (26), quando um presidiário acabou ferido por uma bala de borracha.
A unidade de tratamento penal Barra da Grota tem hoje 460 presos e já está no limite da capacidade máxima. Atualmente, apenas 30 policiais civis se revezam no plantão.
Sem movimentação de presos
Em reunião no início da tarde desta sexta-feira, o comando de greve da Polícia Civil decidiu que não vai realizar a movimentação de presos nas penitenciárias e casas de prisão do estado. Conforme nota do Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins, a decisão é uma maneira de garantir a integridade dos policiais que fazem os serviços essenciais durante a greve, bem como impedir qualquer revolta nos presídios.