Estrutura sobre o ribeirão Piabainha caiu em agosto do ano passado. Governo prometeu construir outra após aprovação do orçamento estadual.
Há seis meses, a ponte que fica sobre o ribeirão Piabainha, entre os municípios de Rio Sono e Tocantínia, está destruída. A estrutura de madeira caiu em agosto do ano passado, em razão da precariedade, da fragilidade e do alto fluxo de veículos. Sem a ponte, moradores de áreas indígenas ficam isolados. A falta de acesso também impede o transporte escolar da comunidade a uma das escolas da região. Segundo um dos líderes do movimento Pró BR-010, Elpídio Ferreira Lopes, a população de Rio Sono que depende de serviços em Miracema e Palmas precisa pegar desvios que aumentam o custo e o tempo da viagem.
Para ir a Miracema, por exemplo, os moradores precisam passar por Aparecida do Rio Negro. "Aumenta muito mais o percurso e a população frequentemente precisa realizar transações na cidade, serviços bancários, compra de produtos agropecuários e outros materiais, além de serviços médicos", comentou Lopes.
Sem a ponte, o caminho dos moradores de Rio Sono até Palmas fica cerca de 20 km mais longe. Isso porque os motoristas precisam passar pela BR-010 e por um trecho de estrada de chão.
Na última quarta-feira (4), representantes do movimento se encontraram com a direção do Departamento de Estradas de Rodagem (Dertins) e foi informado de que dentro de alguns dias o governo irá entregar as pilastras para a construção da estrutura. Entretanto, o restante do material e o início da obra dependerá da aprovação do Orçamento Estadual na Assembleia Legislativa, que deve ocorrer até o final deste mês.
Além disso, ficou acordado entre governo, Ministério Público Federal, Funai e os indígenas da região que a ponte será construída a partir de concreto, de acordo com Lopes. Antes, os indígenas só permitiam o uso da madeira, o que tornava a estrutura ainda mais frágil.
Apesar das promessas, os moradores temem pela demora. "Agora vai depender da aprovação do orçamento na Assembleia Legislativa, mas até o governo se direcionar pode demorar", concluiu o representante do movimento Pró BR-010.