Disparo aconteceu na sede da Secretaria de Segurança Pública, em Palmas. Policiais civis em greve entregaram as armas na manhã desta segunda (16).
Um tiro acidental deixou duas pessoas feridas na manhã desta segunda-feira (16) durante a entrega das armas dos policiais civis e agentes penitenciários em greve no Tocantins. O disparo aconteceu na sede da Secretaria de Segurança Pública (SSP), na praça dos Girassóis, no centro de Palmas. Segundo uma nota enviada pelo órgão, o tiro acidental aconteceu enquanto os grevistas aguardavam a chegada do comandante do Grupo de Operações Táticas Especiais (Gote) da Polícia Militar, para fazer a entrega das armas.
Conforme o documento, os estilhaços atingiram dois funcionários do quadro administrativo da SSP, que passavam pelo local no momento do disparo. "Os dois sofreram apenas escoriações e foram encaminhados para atendimento médico. A perícia também foi acionada para esclarecer as circunstâncias do ocorrido", informa a nota. O documento não revela os nomes das pessoas envolvidas no caso.
Ainda de acordo com a nota da SSP, os peritos chamados para atender a ocorrência foram hostilizados pelos grevistas. "A Diretoria de Polícia Científica informou que os peritos que compareceram à sede da SSP para realizar a perícia no local foram recebidos com empurrões e agressões verbais por parte do comando de greve, que tentou impedir a realização dos trabalhos", afirmou o órgão no documento.
Como medida, a SSP informou que acionou o Ministério Público para colher os depoimentos dos peritos e tomar as providências cabíveis quanto ao ocorrido. Sobre o disparo acidental, o órgão afirmou que o secretário de Segurança Pública, César Simoni, baixou uma portaria de dispensando todos os funcionários do quadro técnico administrativo de suas funções durante todo esta segunda-feira.
A entrega das armas não estava marcada para ser realizada na sede da SSP, mas sim na sede do Gote, segundo informado pelo órgão. De acordo com a SSP, como os grevistas insistiram em entregar as armas na sede do órgão, o secretário acabou autorizando o recebimento para evitar confrontos com eles.
O Outro Lado
O Sindicato dos Policiais Civis do Tocantins (Sinpol-TO) alegou também em nota que a responsabilidade pelo disparo acidental durante a entrega das armas e equipamentos por parte dos policiais civis é do secretário de Segurança Pública, César Simoni. Conforme o documento, a "secretaria não disponibilizou um local adequado para a entrega das armas, obrigando os policiais a improvisarem a entrega no chão, o que provocou a queda de uma arma, gerando o disparo".
O sindicato afirma ainda que está orientando os policiais a entregarem as armas sem munição, para atender a portaria da SSP que decidiu desarmar os policiais em greve. "Os policiais foram deixados expostos e a decisão limitou os 30% dos serviços essenciais que vinham sendo executados", finalizou a nota.