Acordo busca regularizar atendimento de pacientes na fila da ortopedia. Em caso de descumprimento, Estado deverá pagar multa diária de R$ 50 mil.
Após acordo entre Defensoria Pública do Estado (DPE), Ministério Público Estadual (MPE) e governo, a Secretaria de Saúde (Sesau) terá 20 dias a partir de sexta-feira (27) para regularizar o atendimento de urgência e emergência dos 103 pacientes da ortopedia que aguardam cirurgia no Hospital Geral de Palmas (HGP).
No acordo também ficou definido que o estado terá 30 dias para apresentar a relação de pacientes que aguardam por uma cirurgia ortopédica eletiva, bem como o planejamento para as realizações delas. Somente em Palmas, 636 pacientes aguardam pelo procedimento.
Além disso, o governo também terá que apresentar, em 120 dias, um estudo detalhado da demanda de pacientes e profissionais da área de ortopedia em todo o Estado. Em caso de descumprimento, o Estado deverá pagar uma multa diária de R$ 50 mil.
Segundo o secretário de Saúde, Samuel Bonilha o estado irá cumprir as determinações e irá realizar as cirurgias dentro do prazo estipulado. Por isso, buscando minimizar a falta dos profissionais no Tocantins, o governo autorizou a contratação de mais de 90 médicos, dos quais 38 estão trabalhando nas unidades hospitalares, sendo três ortopedistas.
Conforme a Sesau, somente nos primeiros 81 dias do ano, no período de 1º de janeiro até 22 de março, foram realizadas 722 cirurgias ortopédicas, índice que corresponde a uma média de nove procedimentos por dia.
Superbactéria
Durante uma vistoria ao Hospital Geral de Palmas, membros do Conselho Regional de Medicina verificaram um surto de infecção por bactérias KPC na unidade. A vistoria foi realizada no último sábado (21). Elas também são conhecidas como superbactérias por serem resistentes a antibióticos e podem causar a morte. A informação foi confirmada pela equipe da UTI do hospital.
No documento, o CRM relatou que não há profissionais de saúde suficientes, espaço físico e nem equipamentos de proteção individual para tratar isoladamente pacientes que possuem a bactéria. Outra irregularidade acusada no relatório é o compartilhamento dos pontos de oxigênios por mais de dois pacientes na sala vermelha.