As bactérias KPC são resistentes a antibióticos e podem causar a morte. Problema agrava a situação da falta de leitos para terapia intensiva no TO.
Nove dos 24 leitos da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Geral de Palmas (HGP) foram fechados por causa de uma contaminação por superbactérias. A presença das bactérias KPC na UTI da unidade foi apontada em um relatório feito por membros do Conselho Regional de Medicina. Essas superbactérias são resistentes a antibióticos e podem causar a morte. Além do problema com o surto de infecção, as famílias dos pacientes reclamam da falta de leitos nas UTIs do Estado. Neste sábado (4), Otílio Pereira Batista, de 81 anos, morreu depois de passar vinte dias internado aguardando uma vaga.
Nesta semana outras duas pessoas morreram na capital após aguardarem por um leito na UTI do HGP. Na quinta-feira (2), Liberato Alves dos Santos, de 71 anos, morreu depois de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC). Ele estava em Dianópolis e precisava ser internado na UTI, mas não conseguiu uma vaga. Já na última terça-feira (31), o estudante de arquitetura Rômulo Ery Santos Freitas, de 21 anos, morreu depois de esperar dois dias por uma vaga, após sofrer um acidente de trânsito em Paraíso do Tocantins.
A informação de funcionários da unidade é de que cerca de 30 pessoas estão na fila de espera por um leito na UTI do HGP. Na última quinta-feira, o defensor público Arthur Luiz Pádua Marques, alegou que todos os leitos de UTI do Estado estão ocupados, inclusive os existentes na rede particular de saúde.
