No último domingo, dia 27, os vereadores Enison Nunes, Lamarck Pimentel e Roberlan Cokim se reuniram para discutir uma medida que poderá ter grandes repercussões no cenário político local. A bancada de oposição, composta por estes três membros, decidiu iniciar o procedimento para a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) com o objetivo de investigar o prefeito Paulo Gomes de Sousa por suspeitas de atos de improbidade administrativa. O ponto central dessa investigação são os acontecimentos no âmbito da operação conduzida pela Polícia Federal em Tocantinópolis.
Mesmo contando com apenas três votos até o momento, a bancada de oposição está confiante de que conseguirá angariar apoio suficiente para dar início à CPI. A meta é alcançar pelo menos quatro votos para viabilizar a abertura do procedimento. Os vereadores enfatizam a necessidade de ter pelo menos um membro da base governista com a decência e coragem de votar a favor da investigação.
O vereador Lamarck Pimentel destacou que a abertura de uma CPI é um passo dentro da normalidade do processo legislativo. Para ele, a Câmara Municipal deve prestar contas à população e não pode se omitir diante de uma investigação de grande impacto conduzida pela Polícia Federal, que envolve questões de gestão de recursos substanciais.
A bancada de oposição planeja aproveitar a rica documentação coletada pela Polícia Federal durante as diligências realizadas na operação "Colinas de Rocha". Caso a CPI seja autorizada, eles terão acesso a essa documentação e a capacidade de convocar servidores envolvidos para depoimentos. O vereador Enison Nunes expressou sua opinião de que a CPI é um instrumento essencial para trazer clareza a essas situações e permitir que a população compreenda plenamente a situação.
Roberlan Cokim, que já se declarou pré-candidato a prefeito nas eleições do próximo ano, argumentou que é o momento da câmara mostrar seu comprometimento com o povo. Ele frisou que todos os vereadores, independentemente de suas afiliações políticas, foram eleitos para salvaguardar os interesses da comunidade, não para blindar o prefeito. Cokim enfatizou a necessidade de investigar não apenas as possíveis irregularidades mencionadas, mas também obras paralisadas, licitações suspeitas e qualquer sinal de favorecimento a empresas ligadas a políticos ou agentes públicos.
Além dos planos para a CPI, os vereadores aproveitaram a reunião para dar os primeiros passos em direção ao processo eleitoral do próximo ano. Agendas foram definidas para reuniões ao longo da semana com líderes partidários interessados em concorrer e lançar candidatos nas eleições de 2024. Esse movimento sinaliza um compromisso contínuo com a busca por um governo mais transparente e responsável, atendendo aos anseios da população.
Vale ressaltar que seguindo o regimento interno da casa de leis as sessões da câmara devem ser realizadas nos primeiros cinco dias úteis de cada mês, porém, após a operação da polícia Federal que ocorreu no final do mês de julho, o presidente da câmara decidiu adiar as sessões para o final do mês, e nesta segunda-feira 28, acontecerá a primeira sessão ordinária desse mês.
Em um cenário marcado por desafios políticos e a necessidade de prestação de contas, a bancada de oposição demonstra sua determinação em trazer à luz eventuais irregularidades e fornecer aos cidadãos a clareza que merecem. A jornada está apenas começando, e a sociedade aguarda atentamente os desdobramentos dessa iniciativa política crucial.