Ah, o coronelismo na cidade de Tocantinópolis, um fenômeno digno de ser estudado pelos observadores mais críticos do país! É como se estivéssemos em uma viagem no tempo, voltando aos velhos filmes de faroeste, onde o prefeito assume o papel de xerife da cidade e todos se curvam diante de sua autoridade.
Nesta terra tocantinopolina, o prefeito é tratado como uma espécie de realeza local. Ele governa com mão de ferro, embora ostente um sorriso no rosto que nos faz questionar se ele está realmente feliz ou se é apenas resultado de acordos secretos em licitações, onde apenas os beneficiados e associados ganham as licitações às escondidas.
O prefeito coronel é um verdadeiro mestre na arte da corrupção interiorana. Ele conhece todos os habitantes pelo nome, sobrenome e apelido, e também guarda os segredos mais íntimos de cada um. No entanto, a maioria do povo também está ciente dos segredos íntimos dele. Afinal, como não saber dos relacionamentos clandestinos que ocorrem nas chácaras escondidas? São rumores e mais rumores sobre envolvimentos com jovens que gostam de dinheiro. Além disso, há insinuações de prazeres sexuais envolvendo um pastor influente. Mas tudo isso são apenas boatos! Não podemos afirmar, na certeza, se é verdade. É a rádio pião que fala!
Ah, os favores políticos! É como se fossem doces distribuídos em uma festa infantil. Se você deseja um emprego na prefeitura, basta “obdc”, ter uma família numerosa ou ser amigo do primo do cunhado do sobrinho do prefeito ou da primeira-dama. Se você precisa de um favor para agilizar algum processo burocrático, basta oferecer algo de sua plantação, e pronto, sua burocracia desaparece mais rápido que o dinheiro nas mãos do corrupto político coronel.
Brincadeiras à parte, foi dessa maneira que um processo seletivo questionável selecionou 85% das atuais diretoras escolares para permanecerem em seus cargos. Apenas não foram 100% porque uma diretora está de licença maternidade e outra não possuía sequer nível superior para permanecer no cargo.
Foram seis meses de reuniões secretas e a maioria das "candidatas" ao cargo de diretora participou de uma pós-graduação fajuta e imprestável, tutoreada por uma suposta candidata a vereadora que, segundo suas próprias colegas de trabalho, só vai no serviço três dias da semana. De acordo com relatos fofoqueiros da sogra do prefeito, quando ela ocupava o cargo de secretária de educação, a mesma não pagava as compras alimentícias de casa e nem o próprio gás de cozinha.
Foi mais ou menos assim que a maioria das diretoras escolares da rede municipal deste município foram selecionadas. Um processo seletivo arquitetado pelo prefeito coronel e pela apagadíssima e desentendida secretária de educação, onde todas as informações foram repassadas antecipadamente aos diretores e deram apenas seis dias para que os outros concorrentes se inscrevessem e apresentassem uma série de documentações burocráticas e, na maioria dos casos, desnecessárias.
Por outro lado, a maioria dos profissionais da educação não demonstrou interesse, pois muitos são dedicados à profissão que exercem e não se submetem às imposições do prefeito coronel. Assim, caminhamos para o fim de uma gestão obscura, corrupta e interesseira, onde o maior empenho é o próprio "ego" e a manutenção do poder. Resumindo, fizeram uma tramoia indigna apenas para protocolar uma documentação e não perder recursos advindos do FUNDEB. Finalizando o texto, pergunto: É esse tipo de educação “exemplar” que queremos para os nossos filhos?
Tocantinópolis - TO
