Doença é grave e o tipo leishmaniose visceral, quando não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos.
A Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) divulgou nesta segunda-feira, 7, o Informe Epidemiológico sobre a leishmaniose no Tocantins. No período de janeiro a outubro deste ano, foram confirmados 74 novos casos da Leishmaniose Visceral (LV), com três óbitos, sendo um em Paraíso do Tocantins e dois em Porto Nacional. Quanto ao tipo Tegumentar, os dados do mesmo período demonstram 250 novos casos confirmados e nenhum óbito registrado.
A LV é uma doença vetorial grave que apresenta um ciclo biológico complexo e que, se não tratada, pode evoluir para óbito em mais de 90% dos casos. A assessoria técnica das Leishmanioses da SES-TO prevê a realização de forma integrada com os municípios, de medidas de controle que visam ao diagnóstico precoce e ao tratamento adequado dos casos humanos.
“De acordo com o risco de transmissão calculado para cada município, anualmente, orientamos a elaboração de Planos de Ação que contemplam as estratégicas que serão executadas durante o ano. Basicamente, o foco é diagnóstico, e tratar todos os possíveis casos humanos. Oportunamente, realizar atividades educativas e de mobilização social, além de ações voltadas ao controle dos reservatórios/hospedeiros [cães] e dos vetores [mosquito palha]”, explicou o assessor técnico das Leishmanioses da SES-TO, Júlio Bigel.
Ainda de acordo com a assessoria técnica das Leishmanioses, a SES-TO iniciou o programa de controle com o encoleiramento dos cães, com coleira impregnada com inseticida, nos municípios de maior risco de contaminação como medida de controle da doença.
Diagnóstico
Para o diagnóstico precoce, deve-se estar sempre atento às manifestações clínicas da doença, tanto em crianças quanto em adultos, e sempre incluir a leishmaniose visceral no diagnóstico diferencial de quadros clínicos com esplenomegalia ou com febre de longa duração, realizando exame sorológico.
O exame a ser realizado é o Teste Rápido para LV (TR-LV) e o de Reação de Imunofluorescência Indireta. Ambos são exames sorológicos realizados no Laboratório Central de Saúde Pública do Tocantins (Lacen-TO).
O teste rápido também é disponibilizado em outros municípios do Estado, pelos laboratórios municipais e unidades de saúde.
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