Na manhã desta quarta-feira, 29 de novembro, a Força Integrada de Combate ao Crime Organizado (Ficco – Tocantins), composta pelas polícias Federal, Civil, Militar e Penal do Estado do Tocantins, deflagrou a Operação Mirador, uma investida decisiva visando desarticular o núcleo financeiro de uma perigosa facção criminosa com tentáculos estendidos por todo o estado.
O escopo da operação concentra-se de maneira incisiva na repressão à lavagem de dinheiro orquestrada pela facção. Esta, habilmente, estabeleceu empresas de fachada, adquiriu propriedades e carros de luxo, numa tentativa de ocultar a origem ilícita dos recursos obtidos por meio de atividades criminosas. Além de suas incursões no tráfico de drogas e armas, a facção também se notabiliza por crimes violentos, incluindo roubos de carga que têm aterrorizado a população local.
Durante a operação, foram cumpridos um mandado de prisão e dez de busca e apreensão em diversas cidades, incluindo Palmas/TO, Porangatu/GO, Anápolis/GO, Brasília/DF e Ceilândia/DF. Destaca-se que um dos líderes foragidos, há aproximadamente seis meses, foi capturado durante a ação, reforçando o impacto imediato dessa investida policial.
As ações sob investigação abrangem crimes graves como constituição de organização criminosa, tráfico de drogas e lavagem de dinheiro, com penas máximas que, somadas, podem atingir 33 anos de reclusão. As investigações prosseguirão para identificar financiadores e outros membros dessa organização criminosa, sinalizando o comprometimento das autoridades em desmantelar por completo suas operações.
O Comandante-Geral da Polícia Militar, Coronel Márcio Antônio Barbosa de Mendonça, enfatizou a importância da integração das forças de segurança: “Trabalhar de forma integrada garante a efetividade da ação de segurança pública, por isso a Polícia Militar está sempre pronta para somar esforços com outras forças para prevenir e coibir ações criminosas no nosso Estado.”
A Operação Mirador, batizada em alusão ao verbo "mirar", reflete a atuação perspicaz da Ficco ao reunir esforços para examinar minuciosamente e apontar para a facção criminosa investigada. A escolha do nome não é mera coincidência, evidenciando a determinação das autoridades em direcionar seus recursos e conhecimentos para a erradicação do crime organizado.
Cléber Solano, diretor de Administração e Operações do Sistema Penitenciário e Prisional, destacou a relevância da participação da Polícia Penal na operação: “A Força Integrada de Combate ao Crime Organizado é uma força-tarefa que foi criada por meio de convênio da Polícia Federal com as forças de segurança do Estado. Temos a participação da Polícia Penal por meio da nossa Inteligência. Essa operação visa ao combate a essas organizações na busca de informações e também ao compartilhamento de informações entre elas. Nós participamos dando apoio, atuando na operação, passando informações que são pertinentes e autorizadas para as outras forças de segurança”, completou o diretor.
A Operação Mirador é um exemplo concreto da cooperação eficaz entre diferentes órgãos policiais, demonstrando que, ao unirem forças, podem alcançar resultados significativos no combate ao crime organizado, representando uma vitória para a ordem e segurança pública no Tocantins.
