Na manhã desta terça-feira (30), um médico de 66 anos foi detido em Paraíso do Tocantins, região central do estado, sob a suspeita de estuprar sua própria sobrinha e uma babá. A ação policial também resultou na apreensão de armas e munições não registradas na residência do acusado.
Segundo informações da Polícia Civil, tanto o médico quanto sua esposa estão sob investigação e foram indiciados por dois casos de estupro. A polícia alega que a esposa tinha conhecimento dos abusos e não tomou nenhuma providência para interrompê-los ou denunciá-los. Os nomes dos envolvidos não foram divulgados.
O primeiro indiciamento do casal ocorreu no início de abril, quando a polícia relatou que o médico teria abusado de sua sobrinha dos 11 aos 16 anos. Nesse caso, a avó e a esposa do médico também foram indiciadas por supostamente não terem agido após tomar conhecimento dos abusos.
Uma semana depois, veio à tona o segundo caso, envolvendo uma jovem de 25 anos que trabalhou como babá para o médico. Ela relatou ter sido abusada aos 15 anos e decidiu denunciar após saber do primeiro indiciamento. A vítima também afirmou que não procurou a polícia na época devido a ameaças feitas pela esposa do médico.
Além de ser vítima de abuso, a jovem teria testemunhado os abusos cometidos contra a primeira vítima, sobrinha do casal, que também residia na mesma casa.
Após os indiciamentos, os casos foram encaminhados ao judiciário. A polícia realizou uma operação nesta terça-feira para cumprir mandados de busca e apreensão na casa do médico em uma terceira investigação. Durante a ação, foram encontradas três armas, 180 munições e acessórios sem os registros adequados.
"O homem e sua esposa já haviam sido indiciados em dois casos relacionados a estupros, e a operação de hoje derivou de uma terceira investigação, que busca verificar possíveis ameaças a pessoas envolvidas", explicou o delegado regional de Paraíso, José Lucas Melo.
Todo o armamento apreendido foi encaminhado para perícia, enquanto o médico suspeito foi autuado em flagrante e levado para a Casa de Prisão Provisória de Paraíso (CPPP).
A operação contou com equipes da 6ª Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher e Vulneráveis (DEAMV- Paraíso), da 63ª Delegacia de Polícia (DP-Paraíso) e da 6ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC-Paraíso).
Tocantinópolis - TO
