Com o objetivo de orientar sobre cuidados preventivos contra a febre amarela, a febre oropouche e outras doenças, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) alerta a população e disponibiliza material da Campanha Estadual de Prevenção das Arboviroses Silvestres para a Temporada de Férias aos 139 municípios tocantinenses.
Durante o mês de julho, a proteção da população deve ser reforçada devido à localização e características ambientais do Tocantins, além do aumento no número de pessoas que se deslocam para matas e rios, considerados zonas de risco para a exposição aos vetores de arbovírus silvestres.
"O nosso objetivo é despertar na população um olhar mais atento quanto aos cuidados individuais que as pessoas devem ter ao se deslocarem para as praias de rios ou locais onde há mata próxima. Queremos que todos desfrutem de momentos felizes, mas sem descuidar das prevenções necessárias", destaca Christiane Bueno, gerente da Área Técnica da Arboviroses.
Christiane Bueno enfatiza: "É importante lembrar à população que, ao surgirem sintomas como febre, dor de cabeça, dor no corpo e mal-estar geral, não se automediquem. Procurem serviços de saúde para receber atendimento médico e orientações corretas quanto ao tratamento".
Segundo Anderson Bandeira, assessor das Arboviroses Silvestres da Gerência de Vigilância das Arboviroses do Tocantins/SES-TO, o estado do Tocantins é rico em locais turísticos e de pescaria, mas as arboviroses estão circulando. Ele reforça a importância da prevenção: "Verifiquem como está seu cartão de vacina contra febre amarela e, se necessário, tomem a dose de reforço. Não podemos controlar os mosquitos de áreas silvestres, então é crucial prevenir-se usando repelente, roupas longas e sapatos fechados nesses ambientes".
No Tocantins, até o momento em 2024, oito casos de febre amarela em humanos foram notificados, investigados e descartados, e um caso está em investigação aguardando resultado laboratorial. A última confirmação de óbito ocorreu em 2022. Quanto à febre oropouche, foram confirmados três casos, sendo um importado, um autóctone e um caso em investigação. Também foram registrados seis casos de epizootias em primatas, dos quais três foram descartados e três aguardam resultado laboratorial, com a última confirmação em 2022.
Diante da suspeita de febre amarela, é fundamental procurar uma unidade de saúde para avaliação médica. Exames como PCR ou MAC-Elisa, dependendo da data do início dos sintomas, são necessários para o diagnóstico. Não há um medicamento específico para combater o vírus da febre amarela. Em casos leves, o paciente é mantido hospitalizado para cuidados como repouso e reposição de líquidos. Em casos graves, é necessária a assistência de uma Unidade de Terapia Intensiva.
Os principais sintomas da febre oropouche incluem febre de início súbito, dor de cabeça, dor retro-orbital, mialgia e artralgia. Outros sintomas podem incluir tontura, calafrios, fotofobia, náuseas, vômitos, diarreia, manchas no corpo e coceira. O diagnóstico é laboratorial e, após confirmação, as vigilâncias municipais investigam os casos e realizam ações preventivas. Não existe tratamento específico, sendo necessário repouso, tratamento sintomático e acompanhamento médico.
As peças da Campanha Estadual de Prevenção das Arboviroses Silvestres para divulgação, veiculação em mídias digitais e propagação das ações preventivas estão disponíveis no site oficial da SES-TO. Acesse o material completo através do link:https://www.to.gov.br/saude/campanha-temporada-de-ferias-2024/6lcpfd77q61k.
Proteja-se e aproveite suas férias com segurança!