Amostras irão compor a exposição permanente na nova sede da Agência e serão usados em outros projetos, como o Mineração das Escolas.
A Agência de Mineração do Estado do Tocantins (Ameto) recebeu nesta sexta-feira, 10, amostras de árvores fossilizadas do Instituto Natureza do Tocantins (Naturatins), que irão compor a exposição permanente da Agência em sua nova sede. Os fósseis doados remontam a história da Era Paleozoica, Período Permiano, compreendido entre 299 a 251 milhões de anos.
O servidor do Naturatins e inspetor de Recursos Naturais e do Monumento Natural das Árvores Fossilizadas do Estado do Tocantins (Monaf), o biólogo Hermísio Alecrim explicou sobre a história do material doado à Agência e destacou que a exposição vai ser um ganho à sociedade tocantinense. “Estamos trazendo aqui árvores fossilizadas de dois grupos: pteridófitas e gimnospermas. São fósseis que contam a história do planeta, sendo inclusive anteriores aos dinossauros, ou seja, são do período em que o planeta formava um único supercontinente, que se chamava Pangeia. A exposição desse material aproxima o conhecimento da sociedade. As pessoas irão saber o que é o fóssil, qual é a procedência, qual é a história, o que ocorreu, como eram as árvores do período permiano”, esclareceu.
Para o geólogo da Agência de Mineração do Estado do Tocantins, doutor em geologia, Sanclever Peixoto, as amostras de fósseis têm um poder fantástico de impressionar e despertar o interesse pela história do passado da Terra, sobretudo nas crianças e nos jovens. “Quando uma criança olha uma amostra dessas, ela imagina que é uma madeira, mas quando sente o peso em suas mãos ela se assusta, então compreende que aquilo não é mais parte de uma árvore e sim uma rocha, pois a matéria orgânica foi substituída por minerais. Essas amostras, além de ficarem expostas na nova sede, serão usadas em nossos outros projetos, como o Mineração das Escolas, que irá percorrer escolas municipais, estaduais e particulares do estado para divulgar a existência das Geociências, sua importância para a sociedade e estimular a formação de futuros geólogos, engenheiros de minas e técnicos em mineração do Tocantins”, declarou.
O material fossilizado é de procedência do Monumento Natural das Árvores Fossilizadas do Estado do Tocantins (Monaf). O Monumento fica no município de Filadélfia, na região do distrito de Bielândia. O acervo natural das árvores fossilizadas ocupa uma área de 32 mil hectares do Cerrado tocantinense e a Unidade de Conservação ambiental foi criada pela Lei n° 1.179 de 4 outubro de 2000.