No calor dos debates na Câmara Municipal de Tocantinópolis, o vereador Roberlan Cokim ergueu a voz em defesa das famílias carentes da região, que, segundo ele, estão sendo prejudicadas pela venda indiscriminada de madeira irregular apreendida.
Em sua última intervenção, o vereador criticou veementemente o destino dado a esses recursos naturais e apontou o descompasso entre a oferta e a real necessidade das comunidades menos favorecidas.
Em um discurso carregado de indignação, Roberlan destacou que a madeira apreendida, em vez de ser destinada diretamente às famílias carentes, está sendo doada a instituições locais. Essas entidades, ao invés de doarem o material para construção de moradias simples, optam por comercializá-lo, criando assim um cenário de exclusão para aqueles que mais necessitam.
O vereador trouxe à tona exemplos chocantes de situações em que a madeira, apreendida por irregularidades, estaria sendo destinada a órgãos como a Polícia Militar, a unidade penal local (CPP), o abrigo do idoso e até mesmo a instituições de ensino superior como a UFNT. Ressaltou, com preocupação, que essas entidades, ao invés de promoverem a distribuição gratuita, estariam comercializando a madeira a preços que as famílias de baixa renda não podem arcar.
O vereador questionou o processo que transforma a madeira irregular em regular para revenda, apontando uma possível disparidade na justiça local. Ele expressou sua surpresa ao descobrir que, mesmo com a legalização do processo, as famílias necessitadas são obrigadas a comprar a madeira, ao invés de recebê-la como doação.
Além disso, Roberlan Cokim denunciou práticas questionáveis, como a venda de madeira nobre, como a Castanheira, que é crime ambiental. Ele argumentou que a situação em Tocantinópolis está prejudicando não apenas as famílias carentes, mas também os comerciantes locais.
O vereador encerrou sua fala fazendo um apelo à justiça e destacando a urgência em corrigir essa injustiça que, segundo ele, marginaliza os menos favorecidos. Ele afirmou que a necessidade habitacional na região é crescente, com famílias em busca de soluções para abrigar seus filhos e parentes, e que a situação atual só perpetua o ciclo de desigualdade. Roberlan Cokim citou que não é contra a venda feita pelas instituições mas que pelo menos uma parte seja doada as pessoas que necessitam de madeira.
Assista o discurso de Roberlan no vídeo abaixo: