Na sessão da Câmara Municipal de Tocantinópolis do ultimo dia 06 de fevereiro, o vereador Roberlan Cokim trouxe à tona preocupações urgentes sobre a administração dos recursos destinados à saúde pública. Em seu discurso, Cokim destacou a falta de medicamentos essenciais na Farmácia Básica, no Hospital Municipal José Sabóia e na UPA local. Denunciou até mesmo casos de refeições precárias, como ovos com farinha, servidas aos pacientes devido à falta de insumos básicos.
O vereador apresentou números contundentes, revelando que, ao contrário do que se pensa, a questão não reside na falta de recursos financeiros. Com um repasse anual de mais de R$30 milhões para a saúde, divididos em mais de R$2,5 milhões por mês, seria plenamente possível garantir o acesso a especialistas e medicamentos adequados à população local.
No entanto, torna-se evidente a existência de possíveis irregularidades na administração dos recursos, com possíveis desvios significativos para manutenção de veículos e gastos excessivos com combustível, em detrimento da contratação de profissionais essenciais para atender a população.
“O vereador Julimá de Aguiarnópolis visitou o hospital municipal, testemunhando funcionários levando sacolas de ovos para preparar a comida, devido à carência de suprimentos da prefeitura. É inaceitável que pacientes em situação vulnerável recebam uma alimentação precária, obrigando muitas vezes seus familiares a levarem comida de casa, enquanto aqueles provenientes de outras localidades e dependentes da UPA se encontram em uma situação ainda mais difícil.” Disse Cokim.
A falta de médicos especialistas, a necessidade de transferências para cidades vizinhas para tratamentos simples e a precariedade dos serviços oferecidos revelam um cenário alarmante, que exige transparência e responsabilidade por parte das autoridades municipais. A análise do orçamento destinado à saúde revela que não se trata de falta de recursos financeiros, mas sim de gestão ineficiente. O valor destinado para este ano é de R$ 30.762.450,82, o que implica em R$ 2.563.537,56 mensais, um montante que deveria cobrir com folga a contratação de médicos especialistas. Os dados demonstram que há um excedente considerável que poderia ser direcionado para suprir as demandas por especialistas locais e evitar a necessidade de transferências para hospitais regionais.
É fundamental que a população esteja ciente desses problemas e exija medidas concretas para garantir o uso adequado dos recursos públicos e a melhoria dos serviços de saúde em Tocantinópolis. O alerta do vereador Roberlan Cokim serve como um chamado à ação coletiva em prol da saúde e bem-estar de todos os cidadãos.
Assista o discurso do vereador no vídeo abaixo: