A recente decisão da prefeitura de Gurupi, no Tocantins, obrigou a Agronorte a reavaliar seus planos de expansão. Inicialmente, a empresa planejava construir uma nova fábrica de rações na cidade, um investimento anunciado em maio de 2024, que demandaria R$ 70 milhões. No entanto, a mudança nos termos da doação do terreno por parte da prefeitura fez com que a Agronorte optasse por um novo local: o município de Alvorada, também no Tocantins. A prefeitura de Gurupi havia prometido 60 mil metros quadrados, mas posteriormente reduziu o terreno para 40 mil metros quadrados, o que inviabilizou os planos originais da empresa.
"Precisamos de pelo menos 60 mil metros quadrados e eles nos deram 40 mil depois de prometerem mais. Então, buscamos outro local. Agora, em Alvorada, teremos 100 mil metros quadrados", afirmou Vinícius Carvalho, diretor da Agronorte.
Enquanto a mudança para Alvorada atrasa o projeto da nova planta, a Agronorte decidiu investir R$ 15 milhões para ampliar sua unidade em Tocantinópolis, aumentando a produção de 12 mil para 24 mil toneladas de rações por mês. A nova fábrica de Alvorada, que terá capacidade de 15 mil toneladas mensais, deve ficar pronta em três a quatro anos e atenderá a diversas linhas de produtos, incluindo alimentos para peixes, pets, bovinos, aves, suínos e equinos.
Com faturamento de R$ 700 milhões em 2023 e expectativa de atingir R$ 900 milhões em 2024, a Agronorte é uma das maiores empresas do agronegócio no Norte do país, atuando não apenas na produção de rações, mas também na originação de grãos, revenda de insumos e gestão de um posto de combustível.
"A demanda por rações cresce entre 20% e 25% ao ano e nossas operações já não comportam os pedidos. Como esse atraso, então, vamos aumentar a produção de Tocantinópolis", destacou Carvalho.
Além dos investimentos na produção de rações, a Agronorte está ampliando sua capacidade de armazenagem. A companhia está melhorando a estrutura em Açailândia (MA) e construindo um novo silo em Bom Jesus (TO), reforçando a logística para atender ao crescimento da oferta de soja e milho, principais matérias-primas para a produção de rações.
A expansão da Agronorte reflete o aumento da atividade pecuária na região Norte, que, apesar de contar com poucas empresas de ração, apresenta um crescimento constante na demanda por nutrição animal, impulsionado pela maior oferta de grãos e o aumento da produção agropecuária.